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Infraestrutura | 04.07.19 - 15h41

Mais Vida nos Morros mapeia sonhos de crianças e adultos na Lagoa Encantada

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Objetivo é encontrar soluções em conjunto para a comunidade onde moram e, em breve, colocá-las em prática (Foto: Cortesia)

 

Na tarde da última terça-feira (02), moradores da Lagoa Encantada, no bairro do Ibura, se uniram na pracinha da comunidade para participar da oficina de mapeamento criativo e co-criação de cidades. Na ocasião, crianças e adultos puderam falar sobre os seus sonhos e dizer o que querem para o local onde moram. A ação faz parte do programa Mais Vida nos Morros, realizado pela Secretaria Executiva de Inovação Urbana, que vem transformando através do engajamento dos moradores, os morros do Recife.

Tudo aconteceu através de figurinhas como coração, lâmpada, bola de futebol, banco, tela de pintura com um arco-íris, estrela e árvore, que foram recortadas e distribuídas entre os moradores para que elas colassem em lugares identificados por eles como necessários de passar por uma transformação. “Mapeamos a área junto com eles. Começamos pela pracinha, subimos as escadarias e caminhamos pelo morro identificando lugares onde podem ter mais iluminação, bancos, verde, amor dos moradores e brincadeiras que levem cor e arte para a comunidade”, disse a arquiteta da Secretaria, Rebecca Dantas.  

A intenção foi fazer com que as pessoas apresentassem a sua comunidade os lugares que elas mais usam e possuem carinho, além daquilo que precisava melhorar, para, em conjunto, criar soluções. Mas o mapeamento aliado a caminhada na comunidade fez mais do que isso. “Ouvimos relatos de quatro moradores que nunca haviam subido a escadaria, mas com a oficina puderam conhecer um pedaço da sua comunidade nunca antes explorado e se conectar mais com o seu vizinho”, acrescentou Rebecca.

Durante o processo foram realizadas duas dinâmicas afetivas, como uma troca de abraços e a possibilidade de cada um escolher uma pessoa para colocar o adesivo do Mais Vida nos Morros no lado do coração explicando o porquê da decisão. A maioria optou por pessoas que amava e à medida que eles falavam do outro para todos os presentes criou-se uma atmosfera de reconhecimento positivo sobre o valor do próximo.  

As crianças foram as mais animadas com todo o processo, dando sugestões do que fazer, o que colocar e onde colocar. Sempre preocupadas com o lugar onde vivem. Elas ficaram responsáveis pelas figurinhas como uma espécie de guardiãs e quando elas a colavam, todo mundo aplaudia e celebrava a atitude do outro. “Foi muito mágico. Todos os pontos foram mapeados de uma forma muito espontânea, rápida e não precisou de convencimento de outro morador. Porque existem momentos em que os moradores entram em divergência sobre o que querem de maneira muito individualizada, só que hoje eles mesmos se incentivavam e concluíam juntos o que eram melhor para o espaço”, concluiu Rebecca.