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Meio Ambiente | 29.11.19 - 12h22

PCR premia iniciativas ambientais de sete escolas do Programa Educar Para uma Cidade Sustentável

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Em sua sexta edição, o Programa Educar para uma Cidade Sustentável levou  diversas atividades de educação ambiental para as 67 escolas municipais inscritas no projeto, com objetivo de abordar a temática ecológica e o pensamento crítico sustentável. A iniciativa da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS), divulgou a lista das 7 instituições vencedoras que receberão um troféu pelo engajamento e desenvolvimento do ensino ecológico aplicado ao longo do ano letivo, além da premiação de uma visita ao Parque Metropolitano Armando Holanda Cavalcanti, em Suape, a ser realizada no dia 11 de dezembro. 

No período de implementação do Programa, as escolas e creches envolvidas na iniciativa desenvolveram projetos ambientais e atividades com a comunidade escolar, através de esquetes teatrais, paródias, exposições, lendas, musicais, brinquedos sustentáveis e exposições dos trabalhos produzidos ao longo do ano. No Festival Educar para uma Cidade Sustentável, que ocorreu durante três dias de novembro, em palco montado no COMPAZ Ariano Suassuna, no Cordeiro, os mais de 1.500 alunos puderam apresentar os estudos e trabalhos produzidos durante o Programa. A equipe de analistas ambientais da SMAS concedeu as notas e avaliou os projetos levando em consideração a maior coerência e alinhamento com os critérios do programa, como a fidelidade ao tema, que neste ano foi Mudanças Climáticas, e o envolvimento comunitário. 

A partir dos critérios adotados, as escolas premiadas, em ordem de colocação, foram:  Escola Municipal Novo Mangue; Escola Municipal Engenheiro Edinaldo Miranda; Escola Municipal Josefina Marinho; Escola Municipal Professor João Batista Lippo Neto; Escola Municipal Professor Antônio de Brito Alves; Escola Municipal Poeta Paulo Bandeira da Cruz e a Creche Waldir Savluchinske.

Angariando o título de melhor iniciativa da presente edição, a Escola Municipal Novo Mangue desenvolveu o projeto “Verde em Todo Canto” através de ações de educação ambiental, com  foco no manguezal localizado no entorno da unidade escolar no bairro do Coque. Nessa iniciativa, foram feitas incursões no território, pesquisas com os moradores, rodas de diálogos e um mutirão para coleta de resíduos sólidos descartados irregularmente no mangue. Tal projeto foi responsável pelo  resgate e fortalecimento da identidade local com esse habitat em prol da sua conservação.

Conquistando a segunda colocação com o projeto “A educação ambiental para salvar o planeta começa no seu bairro”, a Escola Municipal Engenheiro Edinaldo Miranda, na Encruzilhada, mobilizou a comunidade escolar, incluindo professores, estudantes  e demais funcionários para pensar em estratégias de como trabalhar a educação ambiental, tanto no espaço da escola, como para além dele. Os alunos, em parceria com as organizações sociais do território, promoveram pesquisas, palestras, oficinas, entrevistas e algumas atitudes de reciclagem, como não jogar lixo no Canal do Arruda, evitar embalagens e sacolas plásticas e não usar descartáveis. Nesse sentido, produziram um vídeo com os principais problemas ambientais do território e formas de minimização dos impactos negativos que eles provocam. Ressaltando assim a importância do trabalho coletivo como o caminho mais adequado para a resolução de tais problemas.

Em terceiro lugar ficou a Escola Municipal Josefina Marinho, no Alto José do Pinho, com o projeto Tampinhas criativas, em prol da preservação do meio ambiente através da diminuição de resíduos no entorno da escola. Através de gincanas e mutirões, conseguiram diversos materiais, facilmente encontrados no lixo e, a partir deles, produziram obras de arte e jogos com tampinhas e outros componentes, tais como garrafas pet e resíduos eletrônicos.

Já a Escola Municipal Professor João Batista Lippo Neto, na Várzea, ganhou a quarta colocação com o projeto “Mudanças Climáticas, por que devemos nos preocupar?”.  A iniciativa teve o objetivo de compreender a ação das pessoas sobre a natureza e a sociedade para atuar como agente transformador, valorizando a biodiversidade, compromisso e responsabilidade de buscar soluções contra o consumismo nocivo, desperdício e influência de fatores econômicos. As turmas dos anos iniciais (1º ao 5º ano), trabalharam temas e questões ambientais, onde foi salientado a importância de interagir entre si para a troca de conhecimentos para que toda comunidade escolar fosse envolvida e conscientizada em relação à melhoria e qualidade de vida no planeta.

A Escola Municipal Professor Antônio de Brito Alves, no Mustardinha,  ficou na quinta colocação e desenvolveu o projeto “Caminhando para uma vida sustentável”, que aborda a questão dos resíduos sólidos, dando continuidade aos trabalhos promovidos no ano anterior. Com o envolvimento conjunto de todas as turmas da escola, familiares dos estudantes, organizações sociais do bairro da Mustardinha e moradores do entorno da unidade escolar, foram realizados mutirões de coleta de garrafa PETs, posteriormente utilizadas para a construção de uma ecobarreira no Canal do ABC. O aparato armazena detritos jogados no local, que são em seguida coletados trimestralmente pela EMLURB, impedindo que materiais recicláveis vão para rios e estuários, sendo carregados pelo mar. Além da ação, também foram realizados debates com a população sobre a conscientização do descarte de resíduos e oficinas de reutilização de jornais e revistas para confecção de bijuterias. 

Ocupando o sexto lugar, a Escola Municipal Poeta Paulo Bandeira da Cruz, no Ibura, apresentou o projeto “Jogos e Brincadeiras: Construindo Uma Aprendizagem Ressignificada e Sustentável”. Com o uso de resíduos sólidos, a escola realizou diversas atividades para a confecção de diferentes tipos de brinquedos, reutilizando matéria prima facilmente encontrada no lixo, tais como papelão, isopor, vidro, garrafas pet, etc. Esses produtos foram reaproveitados, contribuindo assim para a proteção do meio ambiente. 

A creche vencedora desta edição foi a Waldir Savluchinske, do bairro Engenho do Meio. Ao trabalhar o tema “Da horta à mesa, um Prazer Sustentável”, priorizou de forma natural o hábito saudável de incluir hortaliças na alimentação dos alunos desde cedo, incentivando desta forma, a agricultura familiar. O Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) utilizou o espaço interno para explorar o verde, plantar, cultivar e conservar a horta, envolvendo toda comunidade do entorno, auxiliares de desenvolvimento infantil (ADIs), auxiliares de serviços gerais (ASGs), principalmente pais e responsáveis dos alunos. O resultado do trabalho foi apreciado durante todo o ano, inclusive em momentos em que a garotada colhia e se alimentava durante o almoço servido na própria creche.

 

Desde 2014, aproximadamente 140 escolas, creches e CMEIs já passaram pelo programa, ao longo dos quais mais de 50 mil estudantes, com idade entre 2 e 14 anos, foram sensibilizados acerca da importância da adoção de atitudes sustentáveis. O Recife será a primeira cidade do Brasil a tornar obrigatória nas escolas públicas municipais o ensino sobre Sustentabilidade e Emergência Climática a grade curricular. O prefeito Geraldo Julio vai enviar o Projeto de Lei para a Câmara Municipal  ainda este ano para que a disciplina entre no calendário escolar já em 2020. A meta é que os alunos tenham toda a semana esse tema, e que saiam de lá e possam compartilhar com seus pais, amigos e família, aumentando assim cada vez mais o movimento em prol do meio ambiente.

 

Sobre o  Programa Educar para uma Cidade Sustentável

O Programa, que está na sua sexta edição e teve em 2019 o tema Mudanças Climáticas, promove a educação ambiental na Cidade do Recife, levando diversas atividades para as unidades de ensino com objetivo de abordar a temática ecológica de forma lúdica e transversal na sala de aula, além de ações permanentes nos econúcleos e comunidades. 

O processo de ingresso no Programa Educar para uma Cidade Sustentável é realizado mediante inscrição espontânea da escola interessada, sendo necessário que o professor ou algum gestor da unidade faça o cadastro online e submeta um projeto para ser avaliado pela equipe de Educação Ambiental da SMAS. O projeto que a instituição se propõe a desenvolver deve ser descrito constando informações como número de turmas envolvidas, duração, número de pessoas participantes (pais, alunos, comunidade), datas do calendário ecológico a serem comemoradas; atividades de extensão e complementares (criação de blogs, oficinas, etc). É possível propor uma ação nova ou dar continuidade a uma já existente no equipamento.

Ao longo do ano, as atividades executadas pelas unidades de ensino somarão pontos e aquelas que tiverem a maior pontuação ao final do período serão consideradas Destaque do Ano, recebendo uma premiação. Além disso, todas as escolas participantes deverão apresentar os projetos elaborados no Festival do Programa Educar para uma Cidade Sustentável. 

O programa trabalha com 14 diretrizes pedagógicas, sendo elas: Interdisciplinaridade; Transversalidade; Aplicabilidade; Viabilidade econômica; Identidade local; Eixo Temático; Envolvimento de outros atores; Atividades de extensão; Atividades complementares; Duração; Envolvimento; Calendário Comemorativo; Perspectiva de continuidade e Produto Final. Todo esse processo é acompanhado pela equipe técnica de analistas da SMAS, que também irão checar, a partir de monitoramento utilizando registros fotográficos, atas de presenças e outros instrumentos comprobatórios de cada instituição de ensino, a aplicabilidade dos critérios elencados.