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Cultura | 26.07.20 - 19h52

Nota de pesar – Tereza Costa Rêgo

A secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, e o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha, lamentam, com enorme tristeza, o falecimento da artista plástica Tereza Costa Rêgo, uma das mais ativas e altivas defensoras da arte modernista de Pernambuco e do mundo inteiro.

Operária incansável da arte, Tereza morreu aos 91 anos de idade, ainda com o brilho eterno da juventude de seu espírito inquieto e desperto, que a levou para longe das convenções e tradições aristocráticas de sua família e para dentro dos movimentos políticos e libertários da década de 60. 

“Perdemos hoje uma das maiores artistas do nosso tempo, do século passado e de todos que ainda estão por vir. A força e a importância histórica do seu trabalho legam eternidade à arte pernambucana, nordestina e brasileira”, afirmou o presidente Fundação de Cultura do Recife, Diego Rocha.

Leda Alves, secretária de Cultura do Recife, comentou a morte da artista e a lacuna enorme deixada pela amiga pessoal e de longas datas: “Tereza deixa um vasto e raro conjunto de pinturas políticas, religiosas e profanas, fêmeas, eróticas e belas, com extraordinárias figuras de mulheres, que sempre contarão a nossa história. Sua morte silencia o vermelho, mas sua obra aguda, que falava de amor e de luta, de liberdade e de revolução, seguirá a denunciar a eternidade do que só Tereza viu, viveu e foi até o derradeiro dia de sua vida”, disse a secretária. 

Sobre a triste notícia da partida da amiga de infância, Leda acrescentou, dirigindo-se à própria Tereza:

“Tereza, antiga amiga, ontem, quando, na minha quarentena de 89 anos, soube que você havia sido hospitalizada, não acreditei que você estava se despedindo do Recife e de todos nós. Assumo: talvez a mais antiga amiga de infância sua, chorei. De saudades e pela paz de sabê-la conhecedora profunda do absoluto do amor. Você soube amar até o fim.”