Domingo carnavalesco no bairro histórico
Primeira edição do ano do Recife Antigo de Coração botou todo mundo para cair do frevo
A cinco dias da abertura oficial do Carnaval, o Recife Antigo de Coração teve uma colorida e animada edição neste domingo. Pela manhã, o projeto oferecido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo e Lazer, atraiu um público bem familiar, com direito a visitantes de várias partes do país. À tarde, as apresentações de Almir Rouche e da Orquestra Arruando chamaram para o bairro uma grande quantidade de foliões ansiosos pela festa mais animada do calendário recifense.
"Achei muito bom. Moro em São Paulo há 26 anos e nunca vi nada parecido por lá. Vou voltar sempre que estiver na cidade", disse a vendedora Albenize Rodrigues, 36 anos, que chegou cedo ao bairro na companhia da irmã recifense. "Para mim, domingo é sempre dia de Recife Antigo! Não podia deixar de trazer minha irmã, que saiu daqui há tanto tempo para tentar a vida em outra cidade e nunca tinha visto que beleza isso aqui está", disse Albanita Rodrigues, 38 anos.
O fotógrafo Werig Silva, 29 anos, a esposa Luzilá, 27 anos, e o pequeno João Miguel, quatro anos, freqüentadores assíduos do Recife Antigo, não perderam a primeira edição do projeto em 2016. "A gente veio para andar de bicicleta, brincar, ver os shows. Fazer tudo num lugar só", disse Werig. Para ele, o projeto "ressuscitou" o bairro histórico. "Foi uma das melhores coisas que essa gestão fez."
A professora paulista Raquel Mendes, 33 anos, que circulava no bairro com um grupo formado também por cariocas, mineiros e baianos, não parava de fotografar. "Difícil ver isso no Brasil. Um bairro tão cheio de história e, ao mesmo tempo, tão cheio de vida. Adorei", disse, entusiasmada.
Música não faltou. No palco do Marco Zero, teve show de Cybele Alves, Adriana B, Ed Carlos e Edilza Aires, Som da Terra, Almir Rouche e Orquestra Arruando, composta por um maestro, 17 músicos e 3 cantores, que se apresentou na companhia de 10 passistas do Grupo Arruando de Passo.
Na Rua da Moeda, o Clube do Samba de Karynna Spinelli levou para o palco Peu Queiroga, Gerlane Gell, Dorina (RJ), Isaar, Polyana Resende, Fabiana Pirro, Leno Galeria, Wellington do Pandeiro e Galeria do Ritmo. Mais tarde, o forró pé de serra de Pecinho Amorim tomou conta da festa.
Na hora de repor as energias, quem foi ao bairro contou com a diversidade da Arena Gastronômica que estreou hoje, na Rua do Observatório, para escolher um lanche. Com dez opções de restaurantes, a arena faz parte da Central do Carnaval, estrutura com diversos serviços de apoio ao folião que funcionarão até a quarta-feira ingrata chegar.
Até o município e o museu convidados pela Secretaria de Turismo e Lazer para mostrar seus atrativos no bairro foram carnavalescos. O Recife Recebe trouxe o papangu de Bezerros para animar a folia no bairro histórico. E o Centro Cultural do Maracatu Porto Rico desfilou seu acervo nesta edição da festa a céu aberto que é o Recife Antigo todo último domingo do mês.
AEDES AEGYPTI
Enquanto a população brincava, os agentes de saúde ambiental e controle de endemias (asaces), da Secretaria de Saúde, em parceria com soldados das Forças Armadas, aproveitaram para fazer mais uma ação de eliminação de focos do Aedes aegypti, além de panfletagem para sensibilização e visita a cerca de 50 imóveis comerciais na área do Marco Zero e entorno.