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Educação | 01.07.16 - 20h37

PCR faz mutirão para identificar estudantes com autismo e outras deficiências

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Alunos foram avaliados por uma equipe multidisciplinar, que encaminhará os casos suspeitos para avaliação médica (Foto: Lú Streithorst/PCR)

 

Com o objetivo de identificar estudantes da rede municipal de ensino que têm autismo e outras deficiências, a Prefeitura do Recife, o Centro de Reabilitação e Valorização da Criança (Cervac) e a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) lançaram, nesta sexta-feira (01), na sede da APAE, no bairro do Monteiro, a primeira etapa do projeto Mutirão da Saúde. Outro grupo de estudantes passará pelo atendimento global na próxima sexta (8), também na APAE. 

No total, 75 crianças, com idades entre 0 e 5 anos, que apresentaram indícios de Transtorno do Espectro Autista ou outras deficiências nas creches e creches-escolas municipais, foram avaliadas por profissionais de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia, entre outros. Se, nesta avaliação global, a equipe multidisciplinar constatar indícios de alguma deficiência, eles serão encaminhados para atendimento médico, para que sejam devidamente diagnosticados e recebam o laudo médico, se algo for comprovado. 

A partir do diagnóstico, além do tratamento médico, os estudantes poderão receber atendimento multidisciplinar na APAE e no Cervac. "Nosso objetivo é promover um acompanhamento precoce, visando minimizar ao máximo as dificuldades de aprendizado desses alunos antes do acesso ao Ensino Fundamental", revela a gerente-geral de Política e Formação Pedagógica da Secretaria de Educação do Recife, Danielle Tavares.

Confirmadas as deficiências, os estudantes também terão acesso ao Atendimento Educacional Especializado (AEE) nas unidades de ensino municipais. Os mais de 3,6 mil estudantes com deficiência da rede municipal de ensino do Recife estão distribuídos nas salas regulares de todas as unidades de ensino, tanto na Educação Infantil quanto no Ensino Fundamental e na Educação de Jovens e Adultos (EJA). No contraturno, eles desenvolvem trabalhos direcionados com 254 professores do AEE, que são os docentes com pós graduação em Educação Especial. Os alunos contam ainda com 98 salas de recursos multifuncionais, que são espaços com equipamentos pedagógicos específicos para o desenvolvimento desses estudantes.

Os alunos com deficiência que são mais dependentes são acompanhados diariamente por mais de mil estagiários e, recentemente, também começaram a ser acompanhados por Agentes de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Especial (AADEE). Esse cargo foi criado pela atual gestão da Prefeitura do Recife para garantir o devido apoio aos estudantes com deficiência matriculados nas escolas e creches municipais. O concurso para contratação de 500 AADEEs foi realizado em 2015 e, neste ano, a PCR já convocou os primeiros 100 aprovados no certame.

OUTRAS AÇÕES - A atual gestão da Prefeitura do Recife tem várias ações na área de Educação Especial, como as salas bilíngues para que os alunos surdos aprendam Libras como primeiro idioma e português como segunda língua, com aulas ministradas por professores que sabem Libras, sem necessidade de intermediários. A Secretaria de Educação do Recife disponibiliza também 11 ônibus acessíveis e cinco vans para transportar estudantes com deficiência que têm grandes comprometimentos na locomoção, comunicação e na interação social.  

Há ainda uma classe hospitalar para crianças com câncer internadas no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), em parceria com a unidade de saúde, o GAC-PE e Instituto Ronald McDonald. Os pacientes hospitalizados no Centro de Onco-hematologia Pediátrica (CEONHPE) têm aulas com uma professora da rede municipal de ensino do Recife, dando continuidade aos estudos mesmo internados para tratamento. 

Este ano, a Secretaria de Educação do Recife também entregou 500 tablets com o software Livox, que vai facilitar a comunicação de alunos com autismo e paralisia cerebral que tenham comprometimento da fala. Foram distribuídos 260 equipamentos para estudantes da rede que poderão levar os tablets para casa, para que o equipamento facilite a comunicação deles com os familiares, professores e demais alunos; e outros 240 tablets com Livox foram entregues para as escolas que têm salas de recursos multifuncionais.