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| 03.07.11 - 20h48

Exposições no Museu Murillo La Greca reúnem bom público durante abertura neste domingo

Os visitantes puderam conferir a arte em papel “L Mais” da artista Suzana Azevedo e do projeto Mata Vida

Duas exposições de arte em papel ecológico “L Mais” tiveram abertura neste domingo (03) no Museu Murillo La Greca, situado no bairro de Parnamirim, e seguem até o dia 31. A exposição “Paisagens Impressas” reúne gravuras da artista Suzana Azevedo, feitas sobre as 87 superfícies dos papéis artesanais. Já a exposição Mata Vida traz bijuterias e objetos decorativos produzidos por jovens que integram o projeto social, desenvolvido pela artista desde 2004, no Centro Cultural de Goiana, na praia de Ponta de Pedras, Zona da Mata Norte do Estado.

Na exposição Paisagens Impressas, faço uma leitura dessa expressão menos formatada que a arte pós-moderna demonstra atualmente. Eu faço uso do desuso como um ritual para entender a efemeridade de tudo”, falou Suzana Azevedo, explicando a relatividade do que é lixo ou não. O papel “L Mais” usado como suporte para as criações é formado por materiais descartados como papelão e pó da fibra da cana brava.

Naise Maria e Sara Lene fazem parte do projeto Mata Vida e estão expondo seus trabalhos no Museu e na Fenearte, que acontece no Centro de Convenções, em Olinda. “Para esse trabalho, utilizamos papelão, ácido bórico, cola, água e tingimento, cada uma produzindo um material diferente”, explicou Sara. Naise falou que elas vão dar conta das duas exposições. “Está dando para conciliar as duas coisas. Todos os dias estamos na Fenearte, e hoje viemos de lá para cá direto”, disse. O trabalho consiste em colares, cintos e frutas decorativas como o caju, peças exclusivas com formas e cores variadas.

A empresária Ângela Castanha foi prestigiar o trabalho de Suzana Azevedo, o qual conhece já há algum tempo. “Estou achando superinteressante. Estou vindo neste local pela primeira vez como museu, mas já conheço o trabalho de Suzana há muitos anos e sei de sua dedicação por esses projetos”.

Além das exposições, a abertura contou com a apresentação da Orquestra Sol Maior, do maestro Ricardo Diniz, e que existe há 12 anos, e com a projeção de fotos e vídeos sobre o trabalho do projeto Mata Vida. Participam do projeto cerca de 60 jovens, que foram capacitadas e hoje produzem por conta própria seu artesanato.