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Defesa Civil | 04.07.15 - 13h14

Defesa Civil solicita desocupação de áreas de risco do Recife

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Pela manhã, o prefeito Geraldo Julio decretou Estado de Alerta na cidade. (Foto: Marcos Pastich/PCR)

 

Em razão das fortes chuvas dos últimos dias, tendo inclusive ocorrido a maior chuva dos últimos 29 anos no dia 29 de junho, a Prefeitura do Recife alerta a toda população da cidade que as áreas de risco nos morros e as áreas alagáveis devem ser desocupadas. Atendendo a uma solicitação da Secretaria-Executiva de Defesa Civil (Sedec), o prefeito Geraldo Julio assinou, na manhã deste sábado (4), o decreto de Estado de Alerta no Recife.

A medida foi provocada pelo grande acumulado de chuvas nos últimos 10 dias, que já ultrapassa a marca de 681,4 mm, o dobro do esperado para o mês de junho. Somente nas últimas 24 horas, a Sedec registrou um volume de chuva de 118 mm. Esse acumulado é contabilizado apenas quatro dias após a maior chuva dos últimos 29 anos, na última segunda (29), quando em apenas 24 horas choveu 228 mm, o equivalente a 16 dias do mês de junho. Mais de 1500 servidores da Prefeitura do Recife estão envolvidos na operação para diminuir os transtornos e evitar acidentes causados pelas chuvas.

Em coletiva de imprensa realizada na manhã deste sábado (4), o secretário executivo de Defesa Civil, Cássio Sinomar, ressaltou a importância dos moradores das áreas de risco do Recife deixarem suas casas e irem para locais seguros. A saída das pessoas destas áreas é fundamental para salvar vidas. A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos disponibilizou o abrigo da Travessa do Gusmão para as pessoas que não tiverem para onde ir.

Como as chuvas continuaram intensas durante a manhã deste sábado, a desocupação não deve se restringir às noites ou madrugadas, pois mesmo durante o dia podem ocorrer deslizamentos. Os terrenos estão saturados pela chuva intensa dos últimos 10 dias e o risco aumenta muito. O grande volume de chuvas registrado este ano aumenta a probabilidade de saturação do solo, oferecendo riscos de alagamentos e deslizamentos de barreiras nas comunidades mais vulneráveis. É bom lembrar que 69% do território do Recife é de área de morro.

"Nós estamos alertando à população residente em área de risco para saírem de suas residências e procurem locais seguros. Nós temos um acumulado de chuva que é de 680 milímetros nos últimos dez dias. O Recife possui 69% do seu território predominantemente em áreas de encosta. Estamos contando com o apoio de várias secretarias e órgãos que estão mobilizados para dar apoio à Defesa Civil neste período", afirmou o secretário.

O secretário de Assuntos Jurídicos do Recife, Ricardo Correia, explicou a finalidade do estado de alerta. "O decreto tem dois objetivos principais. Um é alertar, embora isto já vem sendo feito há muito tempo pelas equipes da Prefeitura. O outro é possibilitar, do ponto de vista administrativo, que os servidores e equipes que, por exemplo, estiverem de férias ou estejam na eminência de tirá-las, possa ser replanejado havendo necessidade, caso o secretário da pasta avalie desta maneira, se dedicando às ações que forem necessárias. Evidentemente, haverá a devida compensação no futuro", explicou Correia.