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Mulher | 07.12.17 - 17h31

Mulheres TRANSformando o Mundo foi tema de roda de diálogo no Júlia Santiago

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Convidada para debater sobre tirania do corpo, a ativista Leandrinha Du Art conversou com as participantes sobre estereótipos de gênero e importância do empoderamento (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)

 

Identidade, desconstrução do corpo perfeito, autoestima e os variados tipos de mulheres foram alguns dos temas debatidos na roda de diálogos Mulheres TRANSformando o Mundo que ocorreu nesta quarta (6), no Centro da Mulher Metropolitana Júlia Santiago, em Brasília Teimosa. A ativista Leandrinha Du Art, convidada para o evento, levantou questões sobre os padrões de feminilidade que são construídos na sociedade e que cerceiam a liberdade das mulheres. O evento, promovido pela Secretaria da Mulher do Recife em parceria com a Secretaria da Mulher de Pernambuco, faz parte dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher.

"Este ano, a nossa programação se voltou para discutir as várias mulheres que existem e a tirania que a sociedade impõe sobre os seus corpos. Falar sobre feminicídio, políticas de prevenção e as violências que nem sempre se pautam no dia a dia foi um dos nossos nortes. Estamos juntas contra isso", comentou a secretária da Mulher do Recife, Cida Pedrosa, ao abrir a conversa. Com o intuito de abrir novas discussões e pontuar a importância do empoderamento das mulheres trans, a ativista Leandrinha Du Art conversou com as participantes sobre estereótipos femininos, imposição da hormonização e controle dos corpos das mulheres. "O que é que nos define como mulher" foi a pergunta norteadora do encontro.

"Onde é o nosso lugar? Precisamos entender o que a sociedade cobra do nosso corpo, entender o nosso corpo. Muitas de nós tem seu nome apagado, somos mortas. Depende de nós mudarmos isso", comentou Leandrinha. O bate-papo despertou o interesse das participantes que trouxeram vários pontos de vistas sobre o tema. " O próprio meio cobrava de mim uma feminilidade. Cheguei a buscar uma fonoaudióloga no Hospital das Clínicas para afinar a minha voz. Aí percebi que estava seguindo um padrão que não tinha sentido algum", comentou Joana Cassotti.

Segundo Roberta Jbill, de 22 anos, o encontro foi necessário para que as participantes tenham mais conhecimento sobre os seus direitos. "A gente conhece outras histórias, mentes, levanta outras bandeiras. Mostra que a gente não está aqui de brincadeira. Que a gente existe e merece respeito", pontuou.