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Novos componentes instalados nos sinais de trânsito impedem que equipamentos parem de funcionar, principalmente em chuvas intensas

A Prefeitura do Recife concluiu, esta semana, o processo de modernização dos 210 grupos semáforos da Cidade, anunciado pelo prefeito João da Costa dentro do Plano de Ações para o Trânsito do Recife 2011/2012, em maio. No total, foram beneficiados os sinais de 33 ruas e avenidas de grande fluxo de veículos. A medida é mais uma intervenção da gestão municipal para melhorar a fluidez no tráfego e os padrões de mobilidade urbana do município.

Considerando que a sinalização eficiente é um dos itens obrigatórios para um tráfego de veículos harmonioso, a Prefeitura, por meio da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), avançou nas ações de evitar que os semáforos da capital pernambucana tenham os chamados apagões. Pioneiro em todo o Brasil, o novo sistema é composto por baterias acopladas ao sinal de trânsito que ficam acumulando energia. Quando há a falta de eletricidade ou mesmo variação de tensão, a bateria entra em funcionamento, não permitindo que o semáforo apague.

Desde o início do processo até o momento, mais de 40 desses equipamentos passaram pelo teste da queda de energia e o sistema acionado evitou o desligamento do sinal. Se for avaliado pelo tempo de ativação dos no-breaks, isso representa um total aproximado de 130 horas de semáforos funcionando com o fornecimento de energia através das baterias. Cada aparelho tem uma autonomia que dura em média três horas. Mas em alguns cruzamentos, como na Avenida Domingos Ferreira, onde está o semáforo de número 142, o no-break assegurou a permanência do equipamento ligado por mais de quatro horas.

O resultado prático para os mais de 900 mil veículos da frota que circula pela capital diariamente é a diminuição de retenções e até engarrafamentos por quebra de sinais, em especial nos dias de chuvas, quando há maior variação na rede elétrica e quedas de energia. Outro efeito indireto é a prevenção contra colisões em cruzamentos motivadas pela falta de uma orientação semafórica.

O pioneirismo do Recife já inspirou outras capitais a adotarem o mesmo sistema. Em São Paulo, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) encomendou 400 baterias para a empresa que cuida da manutenção dos sinais de lá. Estamos exportando uma ideia posta em prática aqui no Recife e que está melhorando significativamente o trânsito da Cidade. Hoje temos bem menos semáforos apagados durante o período de chuvas. Isso mostra o comprometimento que a Prefeitura tem com o trânsito da Cidade”, destaca a presidente da CTTU, Maria de Pompéia Pessoa.

Afora as baterias, os grupos semafóricos são dotados de gabinetes para os controladores com proteção, cabos de comunicação, aterramento e filtros específicos para evitar “ruídos” na interação entre as redes. Com a proteção, fica garantida uma maior vedação contra umidade e oxidação. “Todos esses novos itens fazem com que haja menos problemas e, consequentemente, uma diminuição no custo de manutenção dos equipamentos”, pontua o gerente de sinalização semafórica da CTTU, Nelson Nogueira.

O trabalho de modernização percorreu as redes semafóricas das avenidas Agamenon Magalhães; Caxangá; Joaquim Nabuco; Norte; Dois Rios; Beira Rio; Abdias de Carvalho; Mascarenhas de Morais; Sul; Recife; Boa Viagem; Domingos Ferreira; Visconde de Jequitinhonha; Conselheiro Aguiar; Conde da Boa Vista; Guararapes; 17 de Agosto; Dois Irmãos; Beberibe; Cruz Cabugá; Conselheiro Rosa e Silva; Rui Barbosa; e as ruas Real da Torre; Nicolau Pereira; Benfica; José Bonifácio; Antônio de Góes; Quarenta e Oito; Joaquim Nabuco; José Osório; Espinheiro; Princesa Izabel e do Futuro.