Secretaria de Turismo e Lazer

NOTÍCIAS

Esportes | 11.06.17 - 15h38

Mais inclusão e diversidade esportiva nos Jogos Paralímpicos do Recife 2017

img_alt

Competições no sábado e domingo garantiram disputas acirradas em equipamentos esportivos do Recife (Foto: Carlos Augusto/PCR)

 

Personificando o real sentido da palavra superação e encantando todos os espectadores, quase 550 participaram dos Jogos Paralímpicos do Recife 2017 neste fim de semana. Foram sete modalidades e uma competição acirrada que garantiu mais inclusão e visibilidade ao paradesporto. As disputas foram para a categoria Estudantil: Atletismo, Bocha, Natação e Tênis de Mesa; e na categoria Aberta - Atletismo, Bocha, Badminton, Natação, Vôlei Sentado, Basquete Cadeiras de Rodas e Tênis de Mesa. Quatorze escolas públicas do Recife se envolveram e inscreveram 9 estudantes. Outros 84 foram inseridos em atividades lúdicas para vivência e conhecimento das modalidades voltadas para pessoas com deficiências.

O Compaz Escritor Ariano Suassuna, no Cordeiro, no sábado, foi ponto de encontro para os competidores do badminton, tênis de mesa, bocha, basquete em cadeiras de rodas e natação. O atletismo ficou no Centro Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem, tanto sábado quanto domingo. Os praticantes do goalball (ou golbol) fizeram sua competição no Instituto dos Cegos, nas Graças.

Em apenas quatro anos, Maria Eduarda da Silva, de 21 anos, já participou de três campeonatos brasileiros. Carregando a medalha de ouro depois de competir bocha nos Jogos Paralímpicos do Recife, o orgulho estava transcrito no sorriso exposto. “Eventos assim são muito importante porque ajudam a divulgar o nosso esporte. No Nordeste, a bocha é ainda pouco conhecida e foi essa modalidade que ajudou a mudar minha vida”.

E se numa competição os personagens principais são os competidores, os coadjuvantes são a torcida. Atenta a cada lance de Maria Eduarda, Josélia Aurora da Silva, de 50 anos contou o papel fundamental exercido pelo esporte na vida da filha. “Foi praticando bocha que eu vi minha filha renascer. A melhoria na autoestima, na convivência com as pessoas, tudo isso melhorou demais”.

Um acidente mudou a vida de Raiane Lúcia quando ela tinha 9 anos. Depois de ter sofrido uma amputação e sobreviver, decidiu que não ia deixar se abater. “Eu podia ter desistido e me isolado, mas não. Decidi fazer exatamente o contrário e comecei a treinar”. Hoje com 14 anos, ela é talento no badminton e no tênis de mesa, modalidade em que ela conquistou a medalha de ouro nesses Jogos. “O esporte é a melhor saída para combater a depressão e ainda ajuda a superar as dificuldades”. Raiane carrega ainda no currículo esportivo o 3° lugar nas Paralimpíadas Escolares 2016, uma competição nacional.

Segundo lugar no ranking nacional do badminton, Osvaldo Crema Júnior, de 41 anos, conquistou o segundo lugar na competição deste fim de semana. “O mais importante desse evento é que ajuda a divulgar o nosso esporte, que muita gente ainda não conhece. Estou feliz de estar aqui e, sempre que a gente pode, participamos de competições”, afirmou.

A competição serviu de seletiva para as Paralimpíadas Escolares, no caso da categoria Estudantil, e Jogos Paralimpíadas de Pernambuco, no caso da categoria Aberta.