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Planejamento Urbano | 12.12.18 - 16h58

PCR finaliza Pesquisa Metropolitana de Origem Destino e realiza entrega dos dados à Secretaria das Cidade

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Levantamento foi o mais abrangente já realizado no Brasil, com 201.370 pessoas ouvidas. Resultados podem nortear os Planos de Mobilidade dos municípios da RMR e dar maior eficiência ao sistema de transporte coletivo da região (Foto: Cortesia)

 

Os 15 municípios que compõem a Região Metropolitana do Recife (RMR) receberam na manhã de hoje (12) o resultado da Pesquisa Metropolitana de Origem Destino (OD Metropolitana) 2018. A pesquisa é fruto do trabalho pioneiro realizado pelo Instituto da Cidade Pelópidas Silveira (ICPS), órgão técnico da Secretaria de Planejamento Urbano do Recife, que desenvolveu todo o sistema para que esse tipo de levantamento de dados pudesse ser realizado por meio da internet. A pesquisa foi respondida por 201.370 pessoas em toda RMR, sendo nacionalmente a pesquisa com maior alcance de participação resultando em dados mais precisos.

O secretário de Planejamento Urbano do Recife (Seplan), Antônio Alexandre, e o secretário estadual das Cidades (Secid), Francisco Papaléo, participaram da apresentação e entrega dos dados aos representantes dos municípios, que também estavam presentes. A pesquisa foi realizada por meio de parceria firmada entre a Seplan, através do ICPS, e da Secid, por meio do Grande Recife Consórcio de Transportes Metropolitano. Para a formulação da base de dados, a pesquisa foi concentrada nas duas principais motivações de deslocamento das pessoas: estudo e trabalho.

“Tivemos a oportunidade, por meio dessa parceria, de estender a pesquisa para a Região Metropolitana. Essa dimensão metropolitana é fundamental para estabelecer de maneira mais assertiva as políticas públicas voltadas para a melhoria da mobilidade urbana. Essa leitura é de suma importância porque o cidadão é metropolitano e é esse cidadão que precisamos alcançar com intervenções que de fato melhorem a circulação das pessoas a partir de um esforço que precisa ser conjunto”, pontua o secretário de Planejamento Urbano do Recife, Antônio Alexandre.

Os dados foram apresentados pelo coordenador geral da pesquisa e Diretor Executivo de Planejamento da Mobilidade do ICPS, Sideney Schreiner. A pesquisa foi realizada em duas edições, 2016 e 2018, permitindo comparações e servindo de base para a definição dos sistemas de transporte coletivo, das infraestruturas voltadas para o transporte individual motorizado e a construção de modelos de previsão de demanda de mobilidade.

O recorte de 2018 da pesquisa revela que cerca de 40% dos residentes da RMR que estudam, que possuem renda de até 1 salário mínimo, fazem o trajeto até à aula caminhando. Desse dado, pouco mais de 33% tem entre 6 e 15 anos. “Esse tipo de análise mostra a necessidade que as cidades têm de identificar as rotas escolares e direcionar seus investimentos na recuperação de calçadas, por exemplo. Antes podíamos saber desses detalhes de forma empírica. Agora os municípios dispõem de dados que ajudarão a direcionar os recursos para as políticas de mobilidade de forma eficaz”, explica Sideney.

Outro dado importante e que merece especial atenção é o percentual de pessoas que fazem o uso de ônibus para chegar ao trabalho ou a uma unidade de ensino. Os dados de 2018 apontam que 41,45% das pessoas usam o ônibus para fazer esses deslocamentos. Mesmo assim, a pesquisa aponta que o uso do carro vem aumentando, saiu de 23,51% para 27,64%, um aumento de cerca de 4 pontos percentuais dos usuários que migraram para o transporte individual motorizado. “Esse dado revela que essa migração para o carro continua sendo um grande desafio para a mudança de paradigmas no que se refere ao modo como as pessoas realizam seus deslocamentos na Região Metropolitana e como é importante investir no transporte coletivo de passageiros”, completa o diretor executivo do ICPS.

Economia e capital humano - O modelo desenvolvido pela equipe técnica do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira/Seplan vem sendo aplicado desde 2016 com a Pesquisa de Origem Destino do Recife e permite que a pesquisa seja aplicada para atualização de dados anualmente sem custo algum ao cofre municipal. Em média, a contratação de uma Pesquisa dessa natureza pode chegar a custar R$ 10 milhões. A pesquisa é feita por meio do site planodemobilidade.recife.pe.gov.br e nesse mesmo endereço estão disponíveis para consulta todos os insumos já produzidos pela equipe na produção do Plano de Mobilidade Urbana do Recife.