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Meio Ambiente | 15.08.18 - 11h24

Recife debate iniciativa sustentável para ser acelerada

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Discussão faz parte do “Workshop: infraestrutura sustentável e o acesso ao financiamento climático”, realizado pela Prefeitura do Recife e o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade (Foto: Inaldo Lins/PCR)

 

O Recife deu início, nesta terça-feira (14), a um debate em busca de potencializar seus projetos de infraestrutura com conceitos de sustentabilidade e definir uma iniciativa para ser acelerada, por meio de financiamento internacional. As discussões fazem parte do “Workshop: infraestrutura sustentável e o acesso ao financiamento climático”, realizado pela Prefeitura do Recife e o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade. O encontro, que segue até esta quarta-feira (15), reúne representantes de órgãos do município, estado, iniciativa privada e entidades, no auditório do Centro de Artesanato de Pernambuco, no Bairro do Recife.

No evento, são levantados pontos de melhorias em ações já desenhadas para munícipio e atores estratégicos são sensibilizados a desenvolver, desde o início, os projetos que contemplem os marcos globais da sustentabilidade. “A cooperação com ICLEI tem sido para nós muito positiva sob todos os aspectos. Esse encontro que discute experiências distintas, troca informações e expectativas se vincula com a nossa história e o nosso presente, nas melhores intenções para o desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental e social”, pontou o vice-prefeito Luciano Siqueira, na abertura do evento.

Com projetos e um planejamento de médio e longo prazo traçados para cidade, a prefeitura aposta em elevar o nível técnico de iniciativas para acessar recursos internacionais. “Temos o Recife 500 anos, estamos elaborando os Planos de Manejos das 25 Unidades de Conservação, entre outras ações. É sobre elas que estamos discutindo aqui e como vamos poder implantá-las para melhorar a resiliência do município. Temos organismos internacionais dispostos a apoiar nossos projetos, mas primeiro precisamos ter os projetos corretos e é isso que estamos fazendo”, colocou o secretário de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente, Bruno Schwambach.

Além de melhorias nas ações em curso, está em debate a identificação uma medida para ser acelerada através da segunda fase do projeto internacional “Urban LEDS II: Acelerando a Ação Climática por meio de Estratégias de Desenvolvimento de Baixo Carbono”, da qual o workshop faz parte. O Urban LEDS II visa apoiar 60 cidades no mundo na condução de suas estratégias climáticas alinhadas ao Acordo de Paris. No Brasil, apenas oito municípios integram a seleta lista: Recife/PE, Betim/MG, Belo Horizonte/MG, Curitiba/PR, Fortaleza/CE, Porto Alegre/RS, Rio de Janeiro/RJ e Sorocaba/SP.

“Estamos dialogando com as cidades e identificando medidas que já estejam em cursos ou planejadas em algum nível e mencionadas no orçamento do municipal. A partir da priorização dos próprios municípios, vamos ajudar a elevar o nível de excelência técnica e, com isso, dialogar com os bancos nacionais e internacionais na perspectiva de catalisar recursos e fazer dela uma medida demonstrativa mundialmente do enfrentamento às mudanças climáticas a partir de uma cidade”, disse o secretário executivo do ICLEI América do Sul, Rodrigo Perpétuo.

O Urban LEDS II promove a cooperação entre governos locais e, a partir de suas experiências, demonstra em fóruns globais o potencial existente para investimento em projetos climáticos das cidades. Nessa fase, o projeto foca na geração de modelos de projetos financiáveis, escaláveis e replicáveis a partir de estratégias, em setores como mobilidade, resíduos, energia e infraestrutura urbana sustentável. Com um investimento de 8 milhões de euros, ele é implementado pelo ICLEI e ONU-Habitat, e financiado pela Comissão Europeia, abrangendo oito países Colômbia, Ruanda, Laos, Bangladesh, Brasil, Índia, Indonésia e África do Sul.