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Mulher | 16.12.16 - 22h49

Feminismo negro é destaque no último dia do seminário internacional de afirmação dos direitos das mulheres trans e negras

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Interseccionalidade e socialização foram alguns dos temas tratados durante o dia (Foto: Antônio Tenório/PCR)
 
  
Empoderamento as mulheres negras foi o tema principal do último dia de debates do seminário internacional de afirmação das mulheres negras e trans, promovido pela Secretaria da Mulher do Recife e pelo Gabinete municipal de Representações e Relações Internacionais, em parceria com o Consulado Britânico no Recife. O evento ocorreu nesta sexta-feira (16), no auditório do bloco G1 da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).
 
Pela manhã, o público pode acompanhar a palestra da professora da Universidade Católica de Pernambuco, Waldenice Raimundo, sobre “afirmação dos direitos das mulheres negras”. A mediação da mesa ficou por conta da mestra em história e educadora social da Secretaria da Mulher do Recife, Elisângela Andrade. Em sua fala, Waldenice pontuou a importância da interseccionalidade nas políticas públicas voltadas para às mulheres negras. “Esse olhar de interseccionalidade. Não podemos olhar uma mulher negra sem olhar sua classe, sua raça e o seu gênero”. 
 
Os workshops tiveram início em seguida com quatro salas temáticas, entre elas: racismo e sofrimento psíquico; empoderamento negro aliado ao fortalecimento sociopolítico e produtivo das mulheres na perspectiva da economia solidária; saúde da mulher negra e afirmação dos direitos e autodefesa na perspectiva racial. Foram disponibilizadas 20 vagas para cada sala. 
 
À tarde, a jornalista Fabiana Moraes e a transativista, a estudante de direito Caia Coelho e a secretária da Mulher em exercício, Ceça Costa, conversaram sobre “empoderamento das mulheres negras e transgêneras em tempo de crise”. Fabiana traçou um panorama sobre socialização das mulheres negras e comentou suas reportagens “Casa Grande e Senzala” e “O Nascimento de Joyce”, onde trata dos temas violência contra mulher e sobre o processo de mudança de sexo.
 
Para a estudante de serviço social, Rayana Melo, o seminário como um espaço de troca de conhecimentos.” Achei o seminário um bom espaço de debate. Trocamos muitas experiências no workshop sobre saúde da mulher negra. Gostei muito”. O seminário contou com o apoio do Instituto Humanitas da Unicap.