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Cultura | 18.08.16 - 16h12

XIV Festival Recifense de Literatura " A Letra e a Voz" começa na próxima quarta-feira (24)

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Este ano, o evento faz uma homenagem as mulheres e conta uma programação descentralizada de palestras, performances, oficinas e recitais (Foto: Carlos Augusto/PCR)

 

A Prefeitura do Recife lançou, na manhã desta quinta-feira (18), a programação do XIV Festival Recifense de Literatura "A Letra e a Voz". A coletiva de imprensa foi realizada na Biblioteca Popular de Afogados e contou com a participação do presidente da Fundação de Cultura, Diego Rocha; o secretário executivo da Secretaria municipal de Cultura, William Santanna; da secretária da Mulher do Recife, Elizabete Godinho e a da curadora do evento, Rita Marize. Este ano, o festival irá homenagear as mulheres. Durante cinco dias, serão realizadas mesas de debates, oficinas, recitais e uma feira literária com objetivo de divulgar e fomentar a produção literária feminina. A Letra e a Voz acontece de 24 a 28 de agosto, na Av. Rio Branco nas bibliotecas públicas de Afogados, Casa Amarela e Afrânio Godoy, no Compaz. O Festival é uma realização da Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura, em parceria com as Secretarias da Mulher, de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e de Turismo e Lazer.

De quarta à sexta-feira, serão realizadas mesas temáticas nas quais serão debatidos, entre outros temas, o espaço das mulheres na literatura, o mercado para as produções femininas e  as influências nas criações artísticas das escritoras. Na sexta, haverá um momento dedicado as jovens escritoras pernambucanas. Entre uma mesa e outra, serão realizados recitais e performances. O destaque vai para o recital "Pérolas Negras", na quinta-feira (25), às 18h30, com textos e poemas de poetas negras. Segundo a curadora do evento, Rita Marize, a programação traz um hibridismo grande de linguagens artísticas e o festival vem para reafirmar essa voz da mulher na literatura.

Para o presidente da Fundação de Cultura, Diego Rocha, o diferencial do evento, este ano, é a descentralização das atividades. "O ano passado a gente só tinha feito na Rio Branco e agora houve essa possibilidade de descentralizar as ações porque novos equipamentos foram disponibilizados para fazermos um festival melhor do que ano passado, principalmente com a temática que está sendo utilizada e com mais atividades". "A Letra e a Voz" é o primeiro de uma série de festivais culturais, promovidos pela Prefeitura do Recife, que ocorrem entre o ciclo junino e o ciclo natalino. Até novembro, ainda serão realizados os festivais de circo, dança e teatro.  

No sábado (27), das 8h às 20h, tem início a feira de livros com 25 expositores, na Av. Rio Branco. Às 16h, é a vez do recital Eu, Poeta!, organizado pelas Secretarias da Mulher e de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. O momento é destinado para que as poetas e o público em geral recitem poesias com motes sobre mulheres. Na coletiva, a secretária da Mulher, Elizabete Godinho, ressaltou a importância da representatividade no festival. " Uma coisa que venho falando bastante é que Recife é uma cidade mulher, tem a maioria da população feminina. Temos muitos coletivos, vários feminismos. Recife é de todas as mulheres. E esse festival tem uma representação muito forte que é da representatividade dessas mulheres, desse lugar, do conteúdo que elas têm para mostrar", disse.

“A Letra e a Voz” é uma realização da Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura, Fundação de Cultura, em parceria com as Secretarias da Mulher, de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, e de Turismo e Lazer.

 

Programação:

Serão cinco mesas temáticas. Na quarta-feira, Berenice Bento (RN), Micheliny Verunschk – (PE/SP) e Renata Pimentel (PE), discutem “Mulher, Literatura e Mercado”. Na quinta-feira, acontecerá uma “Conversa com a poesia” com Socorro Nunes (PE), Clarissa de Figueirêdo (PE) e Mariana Tabosa (PE), sob a mediação de Pedro Américo de Farias (PE). Na sequência, Silvana Menezes (PE), Carol Bensimon (RS) e Mariane Bigio (PE) discutem “De quem é a escrita? Da mulher, do homem, ou da gente?”.

Na sexta-feira, a produção de jovens escritoras será vista na mesa “Literatura da hora”, com Bárbara Nunes (PE), Luna Vitrolira (PE) e Isabelly Moreira (PE), Renata Santana (PE) faz a mediação. Encerrando a programação de debates, uma conversa em que as convidadas falam das principais influências em sua criação artística e o que as consomem, as inquietam no processo criativo da escrita: Que literatura te (tu) consome(s)? A provocação será realizada por um homem: Inácio França (PE), às escritoras Ivana Arruda Leite (SP), Vitória Lima (PB) e  Cida Pedrosa (PE).

No sábado, as Secretarias da Mulher e de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, dão vez e voz às mulheres no Recital: Eu, Poeta! Com as escritoras e recitadoras: Luana Maysa Reis de Sousa (PE) e Ana Carla Lemos (PE). Completando a programação, o Recital Poético organizado por Altair Leal e a apresentação do grupo “As Severinas”, vindo do sertão de Pernambuco. Domingo é a vez da criançada participar  da contação de histórias com a Cia. Agora eu era... (PE).

Ações descentralizadas -As Bibliotecas Públicas de Afogados, Casa Amarela e o Compaz receberão as atividades formativas. Em Afogados, de quarta a sexta, acontece a oficina Contação de Histórias   “Floreando aquilo que me contaram”, com Fabiana Coelho (PE). Já Casa Amarela recebe a “Oficina de Literatura de Cordel Para Crianças” com Mariane Bigio (PE).  “O empoderamento feminino através do cordel”, com Susana Morais (PE) será a oficina oferecida no Compaz, no sábado e domingo

Festa do Livro - Marcando o encerramento do Festival, há 14 anos, a Festa do Livro consolida-se como uma das mais significativas feiras da programação cultural da cidade. A Avenida Rio Branco transforma-se, durante uma semana, num amplo espaço para levar o livro mais perto do público, com atividades que contribuem para a formação de novos leitores e divulgam a produção literária local. São mais de 25 expositores, selecionados através de edital público, participando ativamente das atividades propostas pela programação geral do Festival Recifense de Literatura e de ações que eles mesmos, livreiros, sebistas e cordelistas programam para os seus estandes. Entre os destaques: lançamentos de novas edições, sessão de autógrafos dos autores, homenagem aos escritores locais, recitais poéticos e uma atenção especial ao público infanto-juvenil.

Ao longo da Avenida Rio Branco, a Prefeitura do Recife disponibiliza, para os expositores e para um público que aumenta a cada ano, uma bonita e bem produzida estrutura física para a realização da Festa do Livro. No domingo, O Recife Antigo de Coração, que abrange todo o Bairro do Recife no último domingo de cada mês, acolhe e valoriza a Festa do Livro atraindo um público de gosto variado e de todas as faixas etárias.