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Cultura | 19.06.16 - 22h06

Fé e tradição cultural marcam a Procissão dos Santos Juninos

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Parte da programação junina da Prefeitura do Recife, a procissão saiu do Morro da Conceição em direção ao Sítio Trindade (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)

 

O Morro da Conceição foi o ponto de partida para a 10ª Procissão dos Santos Juninos, uma tradição que se repete todos os anos no mês de junho. São José, São João, Santo Antônio e São Pedro são os homenageados da festa. O cortejo, que aconteceu na noite deste domingo (19), faz parte da programação do Ciclo Junino 2016 da Prefeitura do Recife.

Cerca de 20 grupos artísticos do Recife e da Região Metropolitana participaram da procissão, que teve início com uma celebração de bênçãos das bandeiras dos santos no final da tarde. A cerimônia foi conduzida pelos padres José Ulisses e Daniel e foi celebrada na matriz de Nossa Senhora da Conceição. Esta foi a primeira vez que as bandeiras foram abençoadas. À frente do cortejo, o grupo de bacamartes da Associação de Bacamarteiros do Cabo de Santo Agostinho. Além de cânticos religiosos, os participantes cantavam clássicos do forró lembrando de nomes importantes da cultura nordestina, como Luiz Gonzaga e Dominguinhos. 

O trajeto incluía a descida do morro, cortando a Avenida Norte, seguindo pela Rua da Harmonia e entrando na Estrada do Arraial em direção ao Sítio Trindade, ponto final da procissão. Até chegar ao Sítio, moradores se aglomeravam nas janelas e calçadas para acompanhar a procissão. Ida Maria de Lima, 48 anos, estava chegando da missa e parou alguns minutos no caminho de volta para casa para acompanhar um pouco o cortejo. “É sempre muito bonito de ver. Certamente há muito da nossa cultura aí, mas também há devoção e fé. Essas coisas juntas dá nessa beleza toda de se vê”, disse a dona de casa.

Há oito anos Marlene Santiago, 53 anos, participa da Procissão dos Santos Juninos pelo Bloco Lírico Utopia e Paixão, do Morro da Conceição. “É sempre um prazer muito grande participar desse momento. É uma forma de manter a nossa cultura e nossa fé vivas”, explica Marlene. O sentimento de emoção também estava presente em Cid Cavalcante, presidente do Bloco Lírico O Bonde. “Esse é o resgate da nossa cultura e da nossa história por meio da fé. Hoje são cerca de 20 grupos participando da procissão e a cada ano novos grupos passam a participar. Isso é muito bom. É sinal de que juntos vamos fortalecendo nossas raízes”, explica.

A chegada da procissão aconteceu por volta das 19h e os grupos foram recebidos pelo Balé Baquenaré. O andor ficará no Sítio Trindade durante todo o ciclo dos festejos juninos