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Saúde | 19.06.18 - 18h37

Moradores do Coque participam de ação de saúde para diagnóstico de hanseníase

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Os pacientes foram submetidos a testes dermatológicos, e os casos positivos encaminhados para tratamento. (Foto: Carlos Augusto/PCR)

 

Profissionais da Secretaria de Saúde da Prefeitura do Recife realizaram, na manhã desta terça-feira (19), Dia Estadual de Luta Contra a Hanseníase, uma ação na Unidade de Saúde da Família Coque Berilo, localizada na Ilha de Joana Bezerra, para identificar manchas suspeitas da doença na população da área. Estudantes da Escola Municipal do Coque também passaram por avaliação de diagnóstico.

Os pacientes foram submetidos a um exame dermatológico, que é essencialmente clínico, por meio de análise das manchas encontradas pelo corpo. “Após o diagnóstico feito pelo médico, começa o tratamento, caso seja positivo. É feito também o teste de grau de incapacidade, que é um protocolo do Ministério da Saúde feito no começo e no final do tratamento, cujo objetivo é avaliar o grau de comprometimento causado pela doença”, explicou Sêmares Vieira, terapeuta ocupacional do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf).

A dona de casa Rosenilda da Conceição, de 39 anos, é moradora do bairro de Joana Bezerra e já tinha conhecimento da doença, e dessa vez levou a filha, Renata Albino, de 9 anos, para se consultar. “Eu trouxe porque apareceram umas manchas esbranquiçadas na pele dela. Já ouvi falar porque no meu bairro tenho um vizinho que tem (hanseníase)”, afirmou Rosenilda.

A médica dermatologista Mecciene Rodrigues explicou que a doença, muitas vezes é silenciosa, e, por isso, acham que não é nada grave e não procuram atendimento. “A única alteração que apresenta no estado inicial são manchas na pele que não causam nenhum desconforto e são confundidas com panos brancos, sendo negligenciadas. Se não for tratada, passa para um estado avançado ocasionando a paralisia nas terminações nervosas”, disse a médica. Ainda de acordo com ela, o tratamento da doença dura de seis meses a um ano.

Sanar Recife - Para atender as doenças consideradas negligenciadas transmissíveis (hanseníase, filariose, tuberculose e geo-helmitíase), a Prefeitura da Cidade do Recife criou em 2013 o programa Sanar Recife, que conta com ações como assessoramento de Unidades de Saúde, acompanhamento e tratamento de casos, investigação dos casos, fortalecimento da assistência laboratorial, fortalecimento da rede de atenção básica e promoção de ações de educação em saúde.