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Cultura | 20.05.11 - 15h52

Vítimas das chuvas voltam para casa

Famílias estavam alojadas na Escola Nilo Pereira

Por Marcos da Silva

Parte das famílias das vilas Nossa Senhora da Conceição e Esperança, no bairro do Monteiro, que tiveram as casas alagadas durante as fortes chuvas que caíram em Pernambuco no mês de abril, voltaram para suas residências na tarde desta sexta (20). Os desalojados estavam abrigados, temporariamente, na Escola Municipal Nilo Pereira, localizada na Estrada do Arraial, 4.900, em Casa Amarela.

Com a redução do volume das chuvas, os técnicos da Coordenadoria de Defesa Civil do Recife (Codecir) estão intensificando a vistoria das habitações atingidas pelas águas do Rio Capibaribe e seus afluentes, desde a última terça (17), para observar o estado das moradias. Após a avaliação da equipe, caso as estruturas dos imóveis não estejam comprometidas, as unidades habitacionais são liberadas para serem novamente ocupadas.

A Secretaria da Assistência Social cuida do acolhimento e abrigo destas pessoas. O retorno está sendo feito depois da avaliação da Codecir, que nos comunica se as famílias podem voltar para casa. Ao sair, cada uma delas recebe colchões, cestas básicas e um kit de higiene pessoal e limpeza. O Cras (Centro de Referência e Assistência Social) faz a intermediação das famílias que não ainda não recebem o Bolsa Família”, ressaltou a diretora de Proteção Especial de Média Complexidade e coordenadora geral dos abrigos, Melissa Azevedo.

O primeiro a retornar para casa foi o reciclador Luiz Henrique Santos Viegas, de 53 anos, que voltou a residir com a mulher e os cinco filhos pequenos na rua Dezenove de Abril, 1, Vila Nossa Senhora da Conceição, bairro do Monteiro. Lula, como é mais conhecido, é delegado do Orçamento Participativo na comunidade e liderou a transferência dos vizinhos para as instalações da Nilo Pereira. “Nos 15 dias que passamos aqui não nos faltou nada. Recebemos alimentação e abrigo e fomos muito bem acolhidos”, disse ele.

Quem também retornou para casa, com os dois filhos, foi a doméstica Marinalva Bernadino da Silva, de 50 anos, moradora da casa de número 24, no mesmo local. “Graças a Deus, não perdi meus móveis. Todos fomos muito bem tratados nestes nove dias em que estivemos aqui”, revelou.

Até o momento, 18 casas de alojados que se encontram na Escola Nilo Pereira foram avaliadas e liberadas pela equipe da Codecir para reocupação. Pela manhã, três famílias retornaram para suas residências.