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Cultura | 20.06.11 - 12h28

Dominguinhos comandou o forró no Parque Dona Lindu

Show ao ar livre contou com público de 10 mil pessoas

O domingo (19) no Parque Dona Lindu foi de muito forró. O palco do Teatro Luiz Mendonça recebeu o mestre Dominguinhos num belo show ao ar livre. Um público de 10 mil pessoas lotou o pátio do Parque e arredores para curtir clássicos de Luiz Gonzaga como “Que nem Jiló”, “Olha pro Céu” e “Pagode Russo”. O arrasta-pé começou com Duda de Passira e terminou com a forrozeira Nádia Maia. A noite junina também contou com o poeta e radialista Ivan Ferraz,  recitando poesias e contando causos da cultura popular no intervalo das apresentações musicais.

Para mim é uma alegria muito grande voltar ao Recife, principalmente neste período de São João e nesse Parque que é uma novidade”, afirmou o sanfoneiro, antes de entrar no palco. Durante o show, Dominguinhos estava bastante feliz. “É um prazer estar na beira da praia fazendo forró para vocês”. Muito aplaudido, agradeceu o carinho do público e mandou abraços para amigos músicos como Camarão e Nando Cordel.

O repertório de sucessos da noite contou com músicas como “Você endoideceu meu coração” (Nando Cordel), “A Morte do Vaqueiro” (Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho) e “Vida de Viajante” (Luiz Gonzaga e Hervê Cordovil), inclusive com participações do poeta Ivan Ferraz no vocal. O show foi acompanhado pelo Secretário de Cultura, Renato L; pelo Secretário de Turismo, André Campos; e pela presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Luciana Félix.

O pequeno Sérgio Roberto, de oito anos de idade, revelou que a paixão pelo forró continua entre gerações. Vestido de cangaceiro com chapéu de couro igual ao usado por Dominguinhos, disse: “O show foi o máximo. É a primeira vez que vejo um show dele”. Acompanhado pela mãe, Sérgio fez questão de cumprimentar o mestre sanfoneiro após o show: “Sou fã do senhor”, falou emocionado, com os olhos cheios de lágrimas.  Dominguinhos agradeceu: “Obrigado, meu filho”. Sérgio emendou: “Porque fede tanto esse chapéu de couro?” O sanfoneiro riu e disse “Tem que colocar no sol”. O pequeno retrucou: “Mas eu já coloquei três dias”. Dominguinhos, então explicou: “Deixe um mês no sol”.