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Nesta terça-feira(21), o Centro Comunitário da Paz (Compaz) Ariano Suassuna, no Cordeiro, foi o epicentro do lll Torneio de Robótica do Recife (TORRE). O evento movimentou as dependências do local com 160 atletas de 36 equipes das Escolas de Anos Finais e do Núcleo de Altas Habilidades/Superdotação (NAAHS). Nas arquibancadas, uma animada torcida impulsionava os competidores.

O torneio foi realizado na categoria Resgate, seguindo o modelo de simulação proposto pela Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) com 24 equipes na disputa pelo desafio de nível 1, no qual o robô precisa resgatar a vítima para a área de salvamento e outras 16 equipes no nível dois, que exige um pouco mais de complexidade pois a ‘vítima’ precisa ser suspensa e levada a uma área segura. O objetivo do evento é criar soluções inovadoras para problemas cotidianos com o uso dos robôs, além de preparar os estudantes para a etapa regional da (OBR).

No nível 1, as equipes vencedoras foram Os Veteranos (Escola Municipal Mário Melo), Androides (Escola Municipal Oswaldo Lima Filho) e Guerreiros (Escola Municipal André de Melo) . No nível dois, os times que ficaram nas três primeiras colocações foram The Best (Escola Municipal Poeta Joaquim Cardozo), Tourinho (Escola Municipal Pedro Augusto) e La Fênix (Escola Municipal Jonatas Braga), respectivamente. 

No total, 23 estudantes compõem o grupo que embarcará para o Rio Grande do Norte e a grata surpresa do dia ficou por conta do crescimento da presença feminina entre os times, com um total de sete estudantes. No caso da equipe La Fênix, a equipe inteira é formada pelas pequenas cientistas Swayne Trindade, Ana Beatriz Braga, Diane Milena da Silva e Ashley Geovana Barbosa. 

A premiação envolveu muita emoção. Para Maria Carolina (13), componente da equipe Os veteranos, que levou o primeiro lugar no Nível 1, a sensação era descrita como maravilhosa. “A gente passou muitas semanas treinando e o robô nem saía do lugar. Funcionou de última hora, como num passe de mágica”, desabafou. Para Danilo Guilherme (12), integrante da equipe The Best, que levou o primeiro lugar no nível 2, o esforço valeu a pena. “Nunca pensei que um dia eu estaria aqui. Tivemos só três dias para treinar, aperfeiçoar, programar...”, refletiu. 

Para o secretário de Educação, Alexandre Rebêlo, a dinâmica que envolve o programa Robótica na Escola é vital para o desenvolvimento dos jovens, sobretudo de Anos Finais, pois envolve a superação de desafios, o trabalho em equipe, por exemplo. “Buscamos promover o protagonismo jovem e estimular os estudantes a acreditarem em seus sonhos, pois acreditamos que a educação é o investimento mais seguro a logo prazo para o futuro não só destes estudantes, mas para a cidade como um todo, para o Recife e os futuros cidadãos que estão sendo formados aqui e agora”, pondera.

Nos últimos anos, a rede tem se destacado no segmento e foi vencedora da OBR nos anos de 2015 e 2016, feito que levou estudantes do Recife a disputar o mundial da categoria na ROBOCUP, na Alemanha e Japão, respectivamente, nos anos de 2016 e 2017, quando as equipes ficaram entre as dez melhores do mundo.  

Confira os vencedores

Nível 1

1º Os Veteranos – E.M. Mario Melo (Thiago Santos, Kevin Nascimento, Maria Carolina Melo e Gabriel Oliveira)

2º Androides – E. M. Oswaldo Lima Filho (Anthony Ribeiro, Danilo Oliveira, Rodolfo Gadelha e Laura Silva)

3º Os Guerreiros – E.M. André de Melo (Giovani da Silva Neto, José Roberto Nicodemos e Francisco Nascimento)

Nível 2

1º The Best – E.M. Poeta Joaquim Cardoso (Iago Rodrigues, Cleberson Santana, Danilo Simon da Silva e Gleibson Santos)

2º La Fenix – E.M. Jonatas Braga (Swayne Trindade, Ana Beatriz Braga, Diane Milena da Silva e Ashley Geovana Barbosa)

3 - Tourinho – E.M. Pedro Augusto (Lucas Barbosa, Hallan Pereira, Júlio Henrique Lima e Poliana Luiz da Conceição)

ROBÓTICA NA ESCOLA – O programa atende desde as crianças do grupo 3 da Educação Infantil até os jovens do 9º ano do Ensino Fundamental. Atualmente, 4.554 professores foram capacitados nesta área e o programa contempla três modalidades: robôs feitos com blocos de encaixe da Lego Education (os mais utilizados nas competições); linha de robôs humanóides NAO (com os quais os estudantes têm contato durante aulas no Centro de Tecnologia na Educação e Cidadania - CETEC) e a linha de robótica com ferramentas, que permite a construção de objetos robóticos a partir de peças simples do cotidiano, envolvendo conhecimentos de mecânica, eletrônica, programação de computadores e metarreciclagem, além de elementos da matemática, da física e de diversas áreas do conhecimento.