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Cultura | 21.12.17 - 15h45

Banda Sinfônica do Recife se despede de 2017 com concerto lotado

 A programação de apresentações gratuitas mensais, oferecidas pela Prefeitura do Recife, será retomada em março de 2018

 

Entre aplausos calorosos de um público já saudoso, a Banda Sinfônica do Recife encerrou, na noite de ontem, a temporada de concertos de 2017. As apresentações gratuitas, oferecidas pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo e Lazer e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, serão retomadas em março de 2018, após o Carnaval, no garboso Teatro de Santa Isabel.

Agradecendo “o carinho e a assiduidade” do público, sempre numeroso, o maestro Nenéu Liberalquino começou o concerto de despedida executando a peça Russian Easter Overture, do maestro e compositor russo, Nikolai Rimsky-Korsakov. E, para celebrar a dádiva de mais um ano bem vivido, a Banda continuou o programa executando Amazing Grace, do compositor estadunidense Frank Ticheli.

No capítulo brasileiro do repertório, foram executadas a canção Baião De Lacan, do compositor e violonista brasileiro Guinga, escrita por Aldir Blanc, e Daquilo que eu Sei, do cantor, pianista e compositor Ivan Lins.

Depois, para delírio da plateia, que acompanhou a música com animadas palmas, Nenéu conduziu a Banda pelo acordes sincopados de Funk Attack, do compositor e maestro austríaco Otto M. Schwarz, com direito até a solo de bateria. “Esse é o verdadeiro funk, criado na década de 60, a partir da mistura de jazz, soul e rhythm blues”, explicou Nenéu, que enveredou por outra peça percussiva. Esquentando os tamborins para 2018, a Banda Sinfônica caiu no samba, levando A Alegria do Carnaval, do compositor e clarinista brasileiro Hudson Nogueira, para o palco do Santa Isabel, com participação especial de dois músicos da “cozinha”: Sérgio e Pacheco, que protagonizaram, na frente do palco, um diálogo animado entre tamborins.

Quando a plateia quase faiscava de empolgação, o programa encerrou com A Dança do Fogo, do Balé El Amor Brujo, composta pelo espanhol Manuel de Falha. “Um Natal de paz e luz para todos e um ano novo de saúde, prosperidade e muitas conquistas. Que, em 2018, os recifenses continuem prestigiando tão generosamente a Banda Sinfônica. E que tragam seus filhos! Educação musical tem que começar cedo”, disse Nenéu, antes de se despedir do público e de 2017, atacando de funk no bis.

“Venho sempre que posso aos concertos. Acho a programação sensacional por diversos motivos: pela banda, pela gratuidade, pelo teatro...”, disse a oceanógrafa Susmara Campos, 50 anos, gaúcha radicada no Recife há quase três décadas.

Enquanto a Banda encerrava a programação do ano, Fernanda Estela e seus pais aproveitaram para fazer sua estreia nos concertos. “Não poderíamos ter providenciado programa melhor para a despedida de 2017”, disse.

“Música é cultura. Quanto mais, melhor”, disse Ashelley Gisele, 29 anos, que reuniu 14 vizinhos de Abreu e Lima para se despedir dos concertos da Banda na noite de ontem.

Os veteranos Diva Carneiro, 73 anos, Edson Lira, 71, Marcele Cavalcanti, 71, e Oto Pereira, 75, aproveitaram a noite de ontem para confraternizar. “Somos amigos que a música fez”, disse Marcele. Fidelíssimos à programação da Banda, eles se conheceram no teatro e prospectam muitos concertos, muitos encontros e muito mais risadas para 2018. Que seja música para todos os ouvidos.