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Planejamento Urbano | 23.03.17 - 14h54

Prefeitura do Recife apresenta dados da Pesquisa Origem-Destino 2016

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As informações ficarão à disposição para consulta pública a partir desta sexta-feira (24) no site planodemobilidade.recife.pe.gov.br. (Foto: Daniel Tavares/PCR)

 

Entre novembro de 2015 e novembro de 2016, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Planejamento Urbano (SEPLAN), realizou a Pesquisa Origem-Destino do Recife (OD). A coordenação do desenvolvimento do trabalho, sua aplicação e as análises da pesquisa foram feitos pelo Instituto da Cidade Pelópidas Silveira (ICPS), órgão de estudos e planejamento estratégico ligado à Seplan. Na manhã de hoje (23), o ICPS apresentou os dados levantados na pesquisa, que tem por objetivo apontar o perfil das necessidades atuais de deslocamentos da população no Recife. O recorte feito nesta etapa do trabalho apresenta os dados coletados sobre duas motivações de viagens que são: trabalho e estudo.

“Com a pesquisa Origem-Destino, a Prefeitura do Recife passa a contar com uma importante base de dados que será atualizada a cada dois anos. Trata-se de uma importante ferramenta qualitativa de gestão. Esses dados permitem o auxílio mais assertivo das políticas públicas voltadas para a mobilidade da cidade”, disse Antônio Alexandre, secretário de Planejamento Urbano do Recife. Dentre as prioridades para investimento na mobilidade o secretário elencou o transporte público como agenda principal, seguido do investimento em calçadas e acessibilidade e no modo cicloviário. A apresentação contou com explanações do presidente do ICPS, João Domingos, e do diretor executivo de Planejamento da Mobilidade, Sideney Schreiner.

A pesquisa OD revelou que 56,58% das pessoas que responderam a pesquisa, do universo de mais de 58 mil respostas válidas, residem no Recife. Correspondendo às pessoas que não moram no Recife, mas vêm à cidade para trabalhar ou estudar estão 41,39% desse total e o destaque fica por conta dos municípios de Olinda e Jaboatão. Fora da Região Metropolitana do Recife estão 2,03% das pessoas que responderam a pesquisa. “Esse dado comprova que o cidadão é sim metropolitano e que é impossível desconsiderar um plano de mobilidade que não contemple nossa Região Metropolitana. Planejar a mobilidade do Recife requer pensar nas outras cidades”, afirma o presidente do ICPS, João Domingos.

Outro ponto importante ressaltado é que o produto final da Pesquisa OD será integrada ao uso do solo urbano. Os dados levantados auxiliarão o planejamento territorial a partir da geração de cenários que passam a orientar intervenções em toda a cidade. Esses estudos implicarão tomadas de decisões que podem provocar mudanças significativas nos modos de deslocamentos das pessoas, como a troca do carro pelo transporte público, um dos maiores desafios a serem vencidos, por exemplo.

Os dados da Pesquisa OD 2016 revelam o ônibus como o principal modo de transporte para os dois motivos de viagens pesquisados: 50,25% daqueles que se deslocam pelo motivo trabalho usam ônibus e 44,54% se deslocam por motivo educação. Importante frisar que, o percentual de pessoas que se deslocam a pé pelo motivo educação, 15,49%, é sensivelmente maior do que quando o motivo é trabalho, que corresponde a 8,94%.

Outros dados importantes são os recortes que ratificam a importância dos Terminais de Integração (TI). Implantados na década de 1980, os TIs assumiram importância fundamental nas viagens integradas revelando aumento da demanda de usuários Neste caso, a pesquisa revela que os terminais de integração mais usados para as viagens de trabalho com origem ou com destino no Recife são TI Recife (integração com o metrô) e TI Pelópidas Silveira, em Paulista.

Todas as informações resultantes do levantamento feito a partir da Pesquisa Origem-Destino do Recife 2016, ficarão disponíveis no site planodemobilidade.recife.pe.gov.br. Além disso, a ferramenta, que foi desenvolvida a custo zero pela Prefeitura do Recife, deverá ser acionada a cada dois anos, diminuindo o tempo exigido legalmente para sua atualização que é de 10 anos.