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Segurança Cidadã | 23.11.15 - 19h52

Prefeitura do Recife participa de ato em defesa do Estatuto do Desarmamento

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Evento foi realizado no Palácio do Campo das Princesas e reuniu autoridades de diversos estados. (Foto: divulgação)

 

Autoridades políticas e representantes dos poderes legislativo, executivo, judiciário e de entidades da sociedade civil se reuniram, nesta segunda-feira (23), em um ato de defesa do Estatuto do Desarmamento. A iniciativa, que teve como um dos organizadores o secretário de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti, se posicionou contra o projeto de lei 3.722/2012 que pretende revogar a lei 10.826/2003, que estabeleceu o controle de armas no Brasil.

“O Estatuto do Desarmamento é um instrumento poderosíssimo da redução da violência e a chamada Bancada da Bala está se articulando para destruí-lo. Esse é um tema do qual muita gente foge, por isso é importante ressaltar e agradecer a atitude do governador Paulo Câmara. Precisamos nos unir para não deixar que o estatuto seja desmantelado dessa maneira”, afirmou o secretário Murilo Cavalcanti.

Em seu discurso, o governador Paulo Câmara avaliou as conquistas do Brasil nos últimos 30 anos, entre elas a criação do Estatuto do Desarmamento. “Esse ato de hoje traz para a pauta nacional essa importante conquista social em prol da vida e da paz, que vem sendo provocada a ser desconstruída. A lei do estatuto é uma conquista, que ajudou estados e municípios no combate à violência”.

Defensor do estatuto, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, espera que os demais estados tenham a mesma coragem de Pernambuco para realizar eventos similares. “Considero totalmente irracional qualquer tipo de flexibilização em relação ao desarmamento. O cidadão de bem não quer se armar, ele tem vergonha de andar armado. Se não tem segurança, vamos nos esforçar e canalizar nossos esforços nesse setor”. Na mesma linha, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que quanto mais armas em circulação, maior a violência. “Essa é a nossa chance de dialogarmos contra a insanidade, a irrazoabilidade. Armas não são instrumento de defesa, são instrumento de ataque, em qualquer situação”.