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Cultura | 24.05.18 - 14h12

Música erudita para abastecer os ânimos recifenses

Combustível para a alma, a música atraiu um bom público para o terceiro concerto da temporada 2018 da Orquestra Sinfônica do Recife

A noite desta quarta-feira (23), registrou um bom público no Teatro de Santa Isabel para prestigiar o terceiro concerto da temporada oficial da Orquestra Sinfônica do Recife. As apresentações, oferecidas pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife, têm periodicidade mensal e são gratuitas. O concerto também foi transmitido ao vivo pelas redes sociais da Prefeitura do Recife levando o recifense ao Teatro, sem sair de casa.

Sob a regência do maestro Marlos Nobre, a orquestra começou o concerto com a célebre abertura da ópera O Barbeiro de Sevilha, composta pelo italiano Gioacchino Rossini, considerado um dos mais bem sucedidos compositores eruditos da história. Na sequência do programa, a orquestra executou outra composição basilar da música erudita internacional: a Sinfonia nº 4 em Re menor, opus 120, de Robert Schumann, “uma das mais complexas e belas peças da música erudita de todo o mundo”, ressaltou o regente.

Na plateia, as estudantes Micheli Silva, 25 anos, e Rafaela Cristina, 24, fizeram questão de sair de casa para manter uma tradição que já dura três anos. “Na primeira vez que viemos a um concerto no Santa Isabel, viemos que valia a pena ficarmos fieis. São momentos muito especiais. Cada apresentação é única”, entusiasmou-se Rafaela.

Enquanto as duas amigas travavam seus primeiros contatos com a música erudita, a cantora lírica e professora de música Areli Donato confirmava uma paixão antiga naquela plateia onde já esteve tantas vezes. “Faço questão de prestigiar os concertos da Orquestra Sinfônica, que considero um fundamental instrumento de educação musical para a população recifense.”

Também música e estudiosa dos compositores eruditos e suas obras, a pianista russa Natália Saletskaya, que mora no Recife há muitos anos, foi ao Santa Isabel na conturbada noite de ontem com a família inteira. “Assistir ópera e concertos no nosso país é algo muito natural. Tentamos manter esse costume aqui”, disse a mãe de Natália, Lioudmila Batourina.

O administrador – “e saxofonista nas horas vagas” - Jaelson Oliveira, 37 anos, nem pensou duas vezes antes de gastar a gasolina para levar a namorada para estrearem juntos na programação mensal de concertos oferecidos pela Prefeitura do Recife no Teatro de Santa Isabel. “Fazia tempo que queria assistir, mas nunca conseguia. Gosto muito de música erudita”, disse Jaelson, que pretende, a partir de agora, incorporar o hábito à rotina do casal.