NOTÍCIAS

Cultura | 26.06.11 - 02h08

Forró de Cláudio Rabeca ganha público da Praça do Arsenal

O artista, natural de Natal (RN), traz Pernambuco no coração e recria o baião em arranjos refinados

“Minha meta é fazer vocês dançarem!”. Foi assim que o músico Cláudio Rabeca convocou o público que compareceu à Praça do Arsenal da Marinha, para assistir ao seu show, apresentado na noite deste sábado (25). O músico, natural de Natal (RN), mas de alma pernambucana (já que mora no estado desde 2002), não deixou a peteca cair e mostrou o que sua rabeca é capaz de fazer em palco. Um show que conseguiu unir balanço e refinamento, agradando a todos.

Cláudio Rabeca é conhecido por ser apresentar acompanhado com o grupo Quarteto Olinda, nas noites olindenses. Porém, o show que apresentou nesta noite é baseado no seu trabalho solo, “Luz do Baião”. De rabeca em punho, o músico se apresentou acompanhado por uma banda de luxo. Instrumentos como violão de 7 cordas, clarone, flauta transversal e percussões delinearam a canções de Cláudio, carregadas de um espírito saudosista. “Quando eu tive a idéia de fazer meu trabalho, quis que fosse algo com a cara do que se fazia nos anos 50, a la Jackson do Pandeiro e Ari Lobo, inserindo a rabeca neste contexto. Além disso, quis dar destaque ao baião, que é um ritmo que pouca gente tem gravado hoje em dia”, disse o músico.

E eis que o baião foi o grande destaque do show. Em arranjos refinados, o ritmo deu o tom das canções apresentadas durante o show. Além de músicas do próprio Cláudio, canções de Jackson do Pandeiro (“Filomena e Fedegoso”) e Luiz Gonzaga (“Fogueira de São João”, “Assum Preto”) fizeram parte do repertório. De autoria própria, a instrumental “Rabeca Inxirida”, de Cláudio, chamou a atenção pelo arranjo primoroso, que flerta com o chorinho. O público aprovou o show e dançou do começo ao fim “O bom é a gente poder ter a oportunidade de ver um show como esse. Já conhecia o som de Cláudio do Quarteto Olinda. Mas só em eventos assim, a gente pode ouvir o outro lado da música dele, que também é muito bom”, disse o professor Bruno Aguiar