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Cultura | 26.06.11 - 02h33

O som do rock incendiou o sábado no Arraial da Tomazina

As bandas Noite em Moscou e Quarto Astral estiveram entre atrações no São João dos alternativos

Quem pensa que no São João da capital pernambucana só toca forró se enganou. Ritmos alternativos ao período, como o rock, também ganham espaço na programação dos festejos juninos promovidos pela Prefeitura do Recife. Na noite deste sábado (26), os mais ‘rebeldes’ puderam curtir uma programação especial dedicada a eles. Entre as atrações, as bandas Noite em Moscou e Quarto Astral mostraram, cada uma a seu modo, porque o rock se perpetua ao longo das décadas sem envelhecer.

Bastante jovens, os músicos Alisson Denis (guitarra) e Roberta Marques (vocal) fundaram a banda Noite em Moscou em 2009. Somando a guitarra de César, o baixo de Kildare e a bateria de Roberto, eles apostaram alto no hardcore, post-hardcore e pop, com influências diversas, que vão de VersaEmerge a Dead Fish.

“A base do nosso som é o rock. Coisas que a gente sempre gostou e achamos que tem qualidade. Gostamos de saber que esse som consegue ter espaço em eventos como o que a Prefeitura promove em pleno São João”, disse a ‘frontgirl’ Bruna. A banda mostrou as primeiras canções, que já resultaram em três singles, além de novidades que pretende lançar num EP.

Em seguida, quem subiu ao palco foi o grupo Quarto Astral, que usou e abusou do seu rock progressivo para hipnotizar a plateia. Com influências do que era produzido nos loucos tempos dos anos 60 e 70, o trio é composto pelos irmãos Thiago (guitarra e voz) e Bruno Brandão (baixo e voz) e Du Jarro (bateria).

“Procuramos utilizar vários elementos psicodélicos no nosso som. Cada música parece que é bem mais além do que ela mesma, com uma energia universal e bem expansiva. Estamos felizes por ter a oportunidade de mostrar nosso trabalho para um público que veio realmente a fim de assistir a esse tipo de proposta”, declarou Thiago Brandão.

Músicas alucinantes, com interferências de instrumentos tribais, como o didjeridu (oriundo dos aborígenes da Austrália), dão um clima místico à apresentação do grupo. Destaque para a música “Travação”, com um solo interminável de bateria de Du Jarro, que impressionava a quem observava. Boquiabertos à parte, a Quarto Astral consegue fazer um som de competência ímpar, levando o público a outros tempos por meio de acordes psicodélicos e uma energia sem explicação.