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Cultura | 26.08.18 - 11h43

Último dia do Festival Recifense de Literatura – A Letra e a Voz no Recife Antigo

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Hoje (26) à tarde, no derradeiro dia de programação do Festival, realizado pela Prefeitura do Recife, a poesia de Luna Vitrolira, Bell Puã, Clécio Rimas e Miró encontra a música do pianista Amaro Freitas (Foto: Daniel Tavares/PCR)

 

Encerra hoje (26), com música e poesia, a 16ª edição do Festival Recifense de Literatura - A Letra e a Voz, que celebra, desde sexta-feira, a poética da cidade e do contemporâneo, com programação gratuita e aberta ao público, na Avenida Rio Branco, em homenagem ao poeta e cronista do asfalto Miró.

Promovida pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, em parceria com a Academia Pernambucana de Letras e a Universidade Católica de Pernambuco, a programação começa às 10h, com a Festa do Livro. À tarde, haverá apresentações dos poetas Luna Vitrolira, Bell Puã, Clécio Rimas e do pianista Amaro Freitas.

Abrindo os trabalhos do último dia de atividades, a Festa do Livro levará para a Rio Branco um desfile de editoras, sebos, mediadores de leitura, recitais, atividades lúdico-literárias, lançamentos de livros e bibliotecas comunitárias. Haverá também troca afetiva de livros em bom estado de conservação.

À tarde, o Festival celebra o encontro entre a música e a poesia, com a poetisa, atriz e professora Luna Vitrolirao DJ e poeta Clécio Rimas e com a vencedora do Slam BR (Campeonato Brasileiro de Poesia Falada), Bell Puã, emoldurados pelo teclado de Amaro Freitas, prodigioso músico da nova safra pernambucana. Homenageado desta edição do Festival, o poeta e cronista da cidade Miró também participa da Jam Session de letras e vozes. 

Recife Antigo de Coração - Outro bom motivo para visitar o bairro histórico neste domingo é o Recife Antigo de Coração, projeto da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, que leva práticas esportivas, serviços, música e brincadeiras a céu aberto para o entorno do Marco Zero. Nesta edição, que abraça o Festival A Letra e a Voz, o palco montado no Marco Zero receberá as atrações inclusivas do Projeto Encontro e do Frevo com Caio Rocha, além de Afoxé Omolu Pakaru Alu, Adriana B, Kallinas, Dançando na Rua, Caboclinho Flecha Dourada, Orquestra 100% Mulher e Maracatu Rural Leão das Cordilheiras.

Na Avenida Marquês de Olinda acontece o projeto que promove a inclusão social, oferecendo bikes especiais, acessíveis para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Além disso, na Rio Branco, o polo infantil contará com show de mágica, brincadeiras e até oficina de slime. A programação é toda gratuita, das 9h em diante.

Sábado – Ontem, o Festival reuniu grandes nomes da poesia nordestina, misturando, numa assombrosa peleja de rima, São José do Egito e Recife, no dia mais intenso de sua programação. A Rio Branco, cheia de gente, de livro e de letra, mal respirava de alegria, comungando da mesma emoção.

A programação começou pela manhã, com a feira de livros. À tarde, a partir das 14h, foram realizadas as oficinas gratuitas de Marcelino Freire, Fred Caju, Clarice Freire e João Lin, das 14h às 17h. Às 18h, uma mesa com o tema É do sonho dos homens que uma cidade se inventa reuniu os palestrantes Antônio Paulo Rezende, Robson Teles e Antônio Marinho, neto do icônico poeta Lourival Batista Patriota, o Louro do Pajeú, que, nascido no berço da métrica, sentenciou, celebrando a reunião de tantos fazedores de versos numa programação só: “Tem gente que é poeta, tem gente que é poesia”.

Quando a plateia já era formada por dezenas de ansiosos espectadores, deu-se a peleja: teve início, por volta das 21h, a mesa de glosas, comandada por Jorge Filó e protagonizada pelos ligeiros Clécio Rimas, Dayane Rocha, Edmilson Ferreira, Elenilda Amaral e Paulo Matricó, que dedicaram seus versos às paisagens e mazelas da cidade e também ao poeta cicerone do Festival, Miró.

Larissa Garrido, 24 anos, arquiteta e “poetisa desde os 4”, celebrou a reunião de tanta gente e tanto conteúdo maravilhoso num festival só. “A literatura é uma forma de melhorar o mundo. Precisamos muito de livros. Cada vez mais. Achei muito legal a programação, as oficinas, a troca afetiva de livros, o festival inteiro. Vamos ler mais. O resto, a imaginação faz”, conclamou Larissa, que mantém o perfil Fogueiramar nas redes sociais para divulgar seus escritos.

As oficinas também agradaram. “Participar de uma oficina para aprender mecanismos criativos de confecção de livros foi libertador e revolucionário”, disse o poeta Deoclécio, após fazer a oficina de Fred Caju, na tarde de ontem. “Foi a primeira vez que participei do Festival. Fiz a oficina com Marcelino, que foi b/em interativa, convidando a gente a refletir sobre como nos sentimos e como nos expressamos”, disse o escritor Josemar Oliveira, 28 anos.

A jornalista Thaís Salomão, 29 anos, celebrou o encontro de texto e imagem na oficina de Clarice Freire. “Tiramos algumas fotos e depois escrevemos sobre o que registramos. Dessa forma, aprendemos a transformar todo e qualquer elemento do dia a dia em poesia."

 

PROGRAMAÇÃO 16º FESTIVAL RECIFENSE DE LITERATURA – A LETRA E A VOZ

A Cidade do Poeta e o Poeta da Cidade

De 24 a 26 de agosto, na Avenida Rio Branco

 

DIA 26 (DOMINGO)

A partir das 10h - Festa do Livro, com editoras, sebos, mediadores de leitura, recitais, atividades lúdico-literárias, lançamentos de livros e bibliotecas comunitárias

17h - Reboo ─ Jam poético-musical

Clécio Rimas recebe Amaro Freitas, Bell Puã e Miró