Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas Sobre Drogas -SDSDHJPD

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Direitos Humanos | 27.08.21 - 09h54

Atendentes das Agências de Emprego do Recife participam de oficina de Libras

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Capacitação faz parte da Semana Municipal e Estadual da Pessoa com Deficiência e irá garantir pleno direito ao atendimento da comunidade surda. (Foto: Divulgação)

  

Cerca de 30 atendentes que trabalham nas unidades das Agências de Emprego do Recife participaram nesta quinta-feira (26) de uma Oficina de Língua Brasileira de Sinais (Libras). A capacitação faz parte da Semana Municipal e Estadual da Pessoa com Deficiência sob a coordenação da Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas (SDSDHJPD).

A aula teve como facilitadora, a professora e intérprete de Libras, Rafaela Nunes, técnica da Gerência da Pessoa com Deficiência do Recife. A oficina ofereceu noções básicas de Libras, e teve como intenção sensibilizar os funcionários para promover uma melhor comunicação com as pessoas surdas. "Libras é reconhecida como a língua oficial da comunidade surda e essa capacitação se propõe tornar o atendimento realizado pelos profissionais da Agência de Emprego ainda mais acessível", destaca Rafaela.

Os atendentes tiveram noções de Libras para interagir com um público específico, uma comunidade minoritária que luta pelo direito e igualdade. "Libras pode ter sua função inclusiva potencializada se a sociedade tiver consciência da importância de aprender essa língua, mesmo que seja apenas numa oficina", acrescenta Rafaela, reforçando que "Libras  tem sido vista como um aprendizado valioso para a população, mas se apenas os deficientes auditivos souberem, sua capacidade de se comunicar fica comprometida. por isso é tão importante que mais pessoas aprendam Libras".

Para as pessoas surdas, é de suma importância que a Língua Brasileira de Sinais seja usada como principal recurso de comunicação, pois, do contrário, o atendimento se torna bastante difícil e muitas vezes esse grupo não consegue compreender as orientações necessárias. "Para que a Libras seja adotada nos estabelecimentos públicos é preciso que esses locais disponibilizem pessoas que conheçam ou tenham noção de Libras. Com essas ações, o atendimento se torna muito mais rápido e efetivo", reforça Rafaela Nunes.

Adriana Sales é atendente da Agência de Emprego e Sala do Empreendedor, do Compaz Eduardo Campos, e aprovou a capacitação. Formada em Fonoaudiologia, ela já havia feito um curso de Libras, mas por não praticar regularmente, se esqueceu. Ela confessou que conseguiu relembrar o que já havia estudado. " Ter o domínio da Língua Brasileira de Sinais é um exercício de acessibilidade e inclusão e essa iniciativa é muito louvável, dada a importância de incluir na sociedade esse grupo de pessoas surdas   e, no dia a dia é difícil se comunicar no serviço público e ter essa base vai ajudar a ter uma comunicação mais clara."

Tayrone Viana, trabalha há sete anos na Agência de Emprego do Recife, localizada na Rio Branco, e acredita que a partir de hoje sua comunicação com os deficientes auditivos vai ser bem melhor. "Aprendi a usar o Alfabeto Manual como um auxílio na comunicação e as principais formas de cumprimentos", disse.

A Agência de Emprego do Recife é vinculada à Secretaria de Trabalho e Qualificação Profissional. "Com o mesmo empenho com que nos preocupamos em inserir a igualdade de gênero, até pelo simbolismo da renomeação da Sala do Empreendedorismo, temos o compromisso inegociável de acolher todas as pessoas. Hoje, acredito que demos mais um passo em direção a esse objetivo: tornar os nossos serviços cada vez mais acessíveis aos recifenses, seja descentralizando os atendimentos na cidade até capacitando os nossos profissionais a se comunicar através de libras", ressalta a secretária de Trabalho e Qualificação Profissional, Adriana Rocha.