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Cultura | 27.11.17 - 13h29

19º Festival Recife do Teatro Nacional encerra com dois espetáculos inéditos

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Oferecida pela Prefeitura do Recife, programação teve sete dias de duração e contou com 16 espetáculos locais e nacionais, quatro deles montagens inéditas, que se apresentaram em teatros e equipamentos públicos, como as duas unidades do Compaz (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)

 

O estilista consagrado e agora ator Fause Haten encerrou, na noite de ontem, no Teatro de Santa Isabel, a programação do 19º Festival Recife do Teatro Nacional. Foram sete dias de atividades e 16 espetáculos apresentados, entre montagens locais e nacionais, quatro delas inéditas na cidade. A preços populares ou com entrada franca, a programação contemplou diversos equipamentos da cidade, como os teatros Luiz Mendonça, Apolo, Hermilo e Barreto Júnior, além das duas unidades do Compaz e da Basílica do Carmo.

No último dia de atividades, o festival, realizado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, apresentou somente estreias. Às 16h, o Grupo Bricoleiros, do Ceará, levou a beleza do teatro de bonecos para o palco do Teatro Apolo, com o comovente espetáculo Criaturas de Papel.

Às 20h, no Teatro de Santa Isabel, Fause Haten apresentou o musical Lili Marlene, contundente denúncia sobre todas as formas de violência de gênero e contra transexuais. “Num país onde perdemos cada vez mais direitos e liberdades, esse espetáculo ganhou uma importância fundamental. Não tinha ideia de que ele seria tão urgente quando comecei as pesquisas”, disse o ator, que assina roteiro e direção.

Antes que o Grupo Bricoleiros apresentasse suas mágicas criaturas feitas de papel, movimento e imaginação no palco do Teatro Apolo, a professora Fabiana Braz celebrava a programação do festival. “O preço é muito bom. Teatro é fundamental para crianças”, disse. E a psicóloga Sandra Amorim completou: “Desenvolve também a imaginação e ensina a sentir.”

Para uma turma de estudantes de Licenciatura em Teatro, da Universidade Federal de Pernambuco, que fez questão de prestigiar o festival até onde a rotina acadêmica permitiu, foram dias de muito aprendizado. “Vimos grupos locais e de fora, numa boa mostra da produção contemporânea. Foi muito importante”, avaliou Danilo Roberto. “A programação foi ótima. O Recife é uma cidade de produção cênica muito intensa e o festival foi fiel a isso. Tivemos muitas aulas”, brincou a carioca Cris Cipriano, que veio morar e estudar teatro no Recife.

“O festival é uma programação necessária para a cidade, de fundamental importância para quem faz e para quem consome teatro”, disse, enquanto esperava Fause Haten encarnar Lili Marlene, o ator Ricardo Angeiros, que participa do festival há 14 anos, ora cima, ora embaixo dos palcos.