Moradores do Chié e Ilha do Joaneiro recebem títulos de posse de suas casas
Centenas de famílias das comunidades do Chié e da Ilha do Joaneiro comemoraram na noite desta quarta-feira (27) as escrituras que garantem a propriedade definitiva da casa onde moram. Em uma ação conjunta, Prefeitura do Recife e Governo do Estado emitiram gratuitamente o documento para 450 famílias, da ocupação histórica desta área do Recife, conhecida como Ponte do Maduro, que data da década de 1930.
A luta dos moradores para conseguir o documento se fez presente no discurso do prefeito Geraldo Julio. “Nos anos 60, o ex-governador Miguel Arraes começou as obras de infraestrutura dessa comunidade e o ex-governador Eduardo Campos retomou com muita força no final de 2008 de 2009 a regularização fundiária deste local. Agora, a gente tem alegria de estar aqui com o governador Paulo Câmara para entregar a escritura definitiva dessas casas. Aqui vemos pessoas que lutaram e viram seus avós e pais lutarem pela posse da casa e agora vão ter nas mãos esse documento”, afirmou o prefeito.
Em 2018, a expectativa é que mais 1,6 mil títulos sejam entregues pelo governo, nas comunidades de Santa Terezinha e Santo Amaro. Segundo o governador Paulo Câmara, serão feitas entregas periódicas ao longo do primeiro semestre do próximo ano. “É uma dívida que o Estado tem com essas pessoas e estamos, agora, com muita capacidade de trabalho da Secretaria de Habitação, regularizando isso”, disse. A área foi dividida em 5.743 lotes, a partir de um estudo socioeconômico feito pela Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), órgão vinculado à Secretaria de Habitação.
Filha de dona Leopoldina José dos Santos, 113 anos, - a moradoras mais antiga da localidade - Maria de Fátima Gonçalves vibrou com a vitória da mãe. “Ela lutou muito para receber este título de posse. Lutou dentro da lama e é uma felicidade imensa, porque agora temos essa segurança de que a casa é nossa”, comemorou.
Moradora da comunidade do Chié, a aposentada Olindina Ferreira da Silva, aposentada, 62 anos, estava sorridente com o título nas mãos. “Estou muito alegre, porque agora eu tenho a posse da terra e está garantida a minha moradia, com os meus filhos, meus netos. Estou muito contente, porque desde criança eu vi minha mãe, meu pai lutando por isso”, disse.