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Mulher | 31.01.19 - 17h41

No dia da visibilidade trans, Secretaria da Mulher promove roda de diálogo no Júlia Santiago

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O encontro contou com representantes da Amotrans e do Ser Coletivo. (Foto: Lu Streithorst/PCR)

 

O dia da visibilidade trans, comemorado na última quarta (30), foi marcado por uma grande roda de diálogo no Centro da Mulher Metropolitana Júlia Santiago, no bairro de Brasília Teimosa. A Secretaria da Mulher do Recife reuniu diversas mulheres trans para debater sobre visibilidade, combate à violência e formas de empoderamento. A conversa começou com Glayciane Andrade, uma das fundadoras da Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco - Amotrans - e contou com a presença da secretária da Mulher do Recife, Cida Pedrosa, e integrantes do Ser Coletivo.

"O dia 29 é marcado pela mobilização nacional. Estamos aqui para nos mobilizarmos politicamente para construir políticas públicas que nos ajudem no dia a dia", comentou Glayciane. A ativista também destacou o importante trabalho da Amotrans nos presídios a favor das mulheres trans e a necessidade de se pensar políticas que garantam os direitos das mulheres idosas. "A terceira idade das mulheres trans é um problema. Nós estamos envelhecendo e ainda não temos políticas que assegurem a nossa vida", disse.

Presente no evento, a primeira deputada trans e negra eleita em Pernambuco, Robeyoncé Lima afirmou que as trans precisam sair dos guetos. "Precisamos ir para a luz do dia, o cotidiano a vida. Nós não compartilhamos o espaço de convivência com o resto da cidade. Como a gente trabalha assim essa cidade segura? Essa convivência harmônica? Enquanto não houver convivência, respeito a nossa diversidade, continuaremos sendo as estranhas", comentou.  A troca das mulheres fortaleceu a luta de Yimi See, do Ser Coletivo, que reforçou sua militância. "Antigamente, eu tinha medo. Hoje, eu sou muito mais fortalecida", afirmou.

Quem finalizou a roda de diálogo foi a secretária Cida Pedrosa que reafirmou o compromisso da pasta municipal com as mulheres trans. "A gente está na Secretaria há dois anos e temos a clareza que mulheres são todas nós. Abrimos as portas do Clarice para as mulheres trans, tudo o que temos feito na Comunicação tem a ver com diversidade das mulheres. Nós somos muitas, somos várias", finalizou Cida.