Serviços para o Cidadão

SAMU

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A Secretaria de Saúde do Recife ampliou de quatro para 11 as bases descentralizadas do SAMU no Recife. (Foto: Andréa Rêgo Barros/Arquivo PCR)

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) é um Programa do Governo Federal que tem como principal objetivo chegar brevemente à vítima após ter ocorrido um agravo à sua saúde que possa levar a sofrimento, sequelas ou até mesmo à morte.

No Recife, o Samu foi inaugurado pela Prefeitura do Recife em 21 de dezembro de 2001. Atualmente são realizados, em média, dois mil atendimentos mensais. A capital pernambucana sedia a Central de Regulação Médica do Samu 192 Metropolitano do Recife, que, além do município sede, regula também os chamados de 71 municípios pernambucanos e da Ilha de Fernando de Noronha.

Para garantir o atendimento à população recifense, o Samu conta com uma frota de quatro Unidades de Suporte Avançado (USA); 19 Unidades de Suporte Básico (USB), sendo uma destinada ao atendimento de psiquiatria; oito motolâncias e também dois helicópteros que fazem parte de convênios firmados com a Polícia Rodoviária Federal de Pernambuco e o Grupamento Tático Aéreo da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco.

A USB é equipada com equipamentos básicos de suporte à vida e circula com um técnico de enfermagem e um condutor-socorrista para atender os casos de menor complexidade. Já a USA é uma espécie de UTI móvel, capaz de atender casos mais graves. Ela circula com aparelhos de alta tecnologia, um médico, um enfermeiro, um técnico de enfermagem e um condutor-socorrista.

As equipes que atuam nesses veículos são formadas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e condutores, capacitados pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP) do Samu Recife, em parceria com diversas instituições de ensino. O NEP também é responsável pelo projeto Samu nas Escolas, que leva conhecimento para alunos de escolas e creches, para sensibilizar as crianças sobre a importância do serviço e os prejuízos provocados pelos trotes.

Atualmente, o Samu 192 conta com mais de 500 profissionais, dentre eles cerca de 100 médicos. O serviço vem recebendo vários investimentos. Para melhorar o tempo de resposta aos atendimentos, a Secretaria de Saúde do Recife ampliou de quatro para 11 as bases descentralizadas na cidade, contratou 105 profissionais para compor a equipe e adquiriu novo software de gerenciamento de registros para a Central de Regulação Médica, mais eficiente e com acesso a diversas ferramentas, incluindo o georeferenciamento.

A Secretaria de Saúde do Recife realizou migração e ativação da nova central telefônica, o que significa mais modernidade ao trabalho dos profissionais que atuam na regulação do serviço. O novo sistema, agora digital, faz de forma automática o gerenciamento da fila das ligações recebidas pela central. A tecnologia permite também a geração de relatórios mais precisos sobre as ocorrências e trotes.

A renovação da frota do Serviço é sempre um desafio da gestão, através da elaboração de projetos encaminhados ao Ministério da Saúde. Em 2018, o Samu Recife recebeu sete novas ambulâncias, em parceria com o MS.

Em 2018, a Prefeitura do Recife também entregou a nova Central de Material e Esterilização (CME), com investimento de R$ 86 mil na reforma do local em que os equipamentos utilizados no socorro às pessoas são esterilizados. Além de mudanças na estrutura física, o espaço recebeu novos equipamentos, mais modernos.

 

Samu nas Escolas

Os trotes feitos a um serviço de emergência interferem diretamente no êxito no atendimento a uma vítima. O número de ligações categorizadas como trote caiu de 50% para menos de 25% do total de chamadas para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 192. Um dos motivos da redução é o trabalho desenvolvido pelo Samu Metropolitano do Recife através do Núcleo de Educação Permanente (NEP), que intensificou as atividades do Projeto Samu nas Escolas, criado em 2011 para sensibilizar as crianças e seus familiares sobre a importância do serviço de emergência e para mostrar o quanto os trotes prejudicam o socorro a quem precisa.

Nos últimos seis anos, os trotes feitos ao Samu caíram. Em 2013, das 360 mil ligações que o serviço recebeu, 179 mil eram falsas (quase metade). Atualmente, o percentual de trotes recebidos na central representa cerca de 25% das ligações.

Os trotes acontecem em todos os horários. As estatísticas apontam que, durante o dia, as ligações geralmente são realizadas por crianças e, à noite, por adultos. A maneira mais comum de identificar um chamado falso é através das perguntas estabelecidas no protocolo do atendimento, quando o “solicitante” entra em contradição e acaba, ele mesmo, encerrando a ligação. O trote que mais prejudica é o que consegue passar pelos questionamentos do protocolo e acaba culminando com envio do socorro para uma falsa ocorrência, adiando o atendimento às pessoas que realmente precisam.

O projeto Samu nas Escolas já realizou mais de 200 visitas a escolas e creches municipais, contabilizando mais de dez mil alunos treinados (mais de 500 somente em 2019). Além dos trotes, as palestras abordam o protocolo em Reanimação Cardiorrespiratória - RCP (voltado aos alunos do 5º ano) e primeiros socorros (alunos do 2º e 3º anos do ensino fundamental). Em 2018, os professores e auxiliares passaram por treinamento em RCP e desobstrução de Vias Aéreas em Pediatria nas creches cadastradas no Programa Saúde na Escola.