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Meio Ambiente | 07.07.21 - 10h43

Recife dá início ao Plano de Adaptação Setorial da Cidade

 

 Em mais um passo importante para o estabelecimento de metas e ações relacionadas à  redução dos impactos causados pela crise climática, a Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, deu início ao Plano de Adaptação Setorial da Cidade do Recife (PAS). Alinhado ao Plano Recife 500 Anos, o projeto visa promover o progresso sustentável no meio urbano, aprofundando o conhecimento sobre riscos e vulnerabilidades de quatro setores - Saneamento Básico, Transformação Urbana, Mobilidade Urbana e Economia - e elaborar medidas de adaptação por meio de um processo participativo multissetorial.

O projeto-piloto foi apresentado nesta terça-feira (06), em reunião virtual, e contou com a presença da vice-prefeita, Isabella de Roldão; do secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Carlos Ribeiro; do presidente da Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES), Marcos Baptista; da coordenadora nacional do Projeto CITinova, Ana Stival; do secretário executivo do ICLEI América do Sul, Rodrigo Perpétuo;  do sócio fundador e diretor da Waycarbon, Henrique Pereira; entre outras entidades com representação no COMCLIMA e GECLIMA. O documento é um das entregas do Projeto CITinova para a cidade do Recife. Financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), realizado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI), o Plano de Adaptação Setorial é executado pela a Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES) em parceria com a WayCarbon e ICLEI.  

O secretário executivo do ICLEI América do Sul, Rodrigo Perpétuo, lembrou que Recife vem se destacando na agenda climática. “O Recife vem trabalhando intensamente no marco de um projeto financiado pela União Europeia, o Urban Leds, que permitiu que Recife andasse na conformidade climática. A cidade é comprometida com o Pacto Global dos Prefeitos pelo Clima e Energia. Recentemente, o prefeito João Campos e a vice Isabella Roldão assinaram o Race to Zero. Não é qualquer cidade que consegue caminhar essa trilha e mantê-la atualizada e Recife faz isso muito bem se beneficiando da cooperação internacional, mas assumindo o protagonismo e a condução desse processo. O que nós estamos lançando aqui vai ser uma grande jornada que vai, de fato, acelerar as ações para mitigar e eliminar os riscos à vulnerabilidade climática na cidade do Recife e começar já a construção da cidade do Recife do futuro”, afirmou Perpétuo. 

Segundo a vice-prefeita Isabella de Roldão, para garantir que o planeta seja ambientalmente mais sustentável, é essencial que muitas atitudes sejam repensadas e novas posturas sejam adotadas no âmbito individual em favor do coletivo.

"Tratar da pauta da sustentabilidade é tratar de uma pauta de vida, é falar efetivamente o que a gente quer, não só para os nossos descendentes, mas pra gente também, no presente. A responsabilidade com a qual a gente lida com essa temática hoje é que vai fazer com que a gente possa ter um futuro em harmonia com o meio ambiente. Os efeitos das mudanças climáticas estão cada vez mais presentes nas nossas vidas, por isso é uma pauta que precisa ser discutida e levada a sério, como temos feito continuamente no Recife, por meio de iniciativas como o nosso Plano Local de Ação Climática. Precisamos também reavaliar as nossas atitudes.  Não adianta simplesmente fechar a torneira, precisamos avaliar nosso comportamento diário, nossas escolhas, nosso consumo alimentar, o lixo que a gente gera. Todo esse comportamento individual se reflete no nosso planeta”, alerta Isabella, que é embaixadora para a América do Sul da Cities Climate Finance Leadership Alliance.

Já o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Carlos Ribeiro, reforçou a  importância do Plano de Adaptação Setorial da Cidade do Recife para tornar a cidade mais resiliente e inclusiva.

“Esse é mais um documento que fortalece o compromisso da nossa gestão com a agenda climática. O Plano de Adaptação Setorial da Cidade do Recife vai nos nortear para diminuir a nossa fragilidade aos efeitos climáticos com ações que visam responder aos compromissos de redução de emissão de GEE, mas também a resiliência da cidade. Por isso, a construção desse documento será dinâmica, monitorada constantemente com participação da sociedade, das instituições e dos governos locais para que juntos possamos executar essas ações efetivas de enfrentamento às mudanças climáticas”, disse Ribeiro.