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Cultura | 10.10.14 - 16h00

Casa lotada para comemorar os 56 anos da Banda Sinfônica do Recife

Para comemorar os 56 anos da Banda Sinfônica do Recife, o maestro Nenéu Liberalquino preparou um concerto especial, completamente dedicado a compositores brasileiros. (Foto: Inaldo Menezes/PCR)

Casa cheia, salvas de palmas e muito entusiasmo. Foi assim a festa de aniversário que celebrou os 56 anos da Banda Sinfônica da Cidade do Recife, na noite desta quarta-feira (8), no Teatro de Santa Isabel. Para comemorar, o maestro Nenéu Liberalquino preparou um concerto especial, completamente dedicado a compositores brasileiros. Depois de executar obras de vários gêneros, passando do erudito ao frevo em uma apresentação que durou pouco mais de uma hora, os músicos ainda ganharam um “Parabéns pra você”, puxado em coro uníssono pela plateia de cerca de 600 pessoas, que ocupou todos os camarotes do espaço.

A secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, que prestigiou a noite acompanhada do presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha, saiu satisfeita com o que viu. “Eu não sei o que é maior: a importância ou a emoção que sentiu a plateia que lotou o teatro nesta noite, diante da primorosa execução do programa da Banda. Só compositores brasileiros, com músicas executadas por instrumentistas brasileiros, nordestinos, pernambucanos, e regidos pelo maestro Nenéu Liberalquino, brasileiro, daqui, da terra da gente. Isso tudo engorda por dentro o sentimento da gente de orgulho e de gratidão pelos que fazem essa Banda, pelo esforço de cada um e pela imensa qualidade do produto que a gente conheceu essa noite”, disse a secretária.

A apresentação começou com a abertura da Ópera “O Guarani”, de Carlos Gomes, seguida pela “Bachiana Brasileira nº 5”, de Heitor Villa-Lobos, um dos grandes clássicos nacionais. Depois do erudito, a Banda iniciou, com um medley de Pixinguinha, um passeio pelos compositores populares do Brasil. O concerto lembrou ainda a genialidade do multiinstrumentista Hermeto Pascoal – que teve como solista o flautista Mozart Ramos na música Bebê –, o regionalismo e competência dos compositores pernambucanos, em “Maxixeando”, de Dimas Sedícias, e “Leão do Norte”, de Lenine e Paulo Pinheiro.

Nenéu Liberalquino agradeceu ao público e aos músicos da Banda, antes de reger aquela que seria a última música da noite, o frevo Vassourinhas, de Matias da Rocha e Joanna Baptista. “Agradeço a todos por esse encontro que nós temos a cada mês, no concerto da Banda Sinfônica da Cidade do Recife. Estou há 12 anos, com muita alegria e prazer à frente desta Banda, com músicos realmente dedicados, com vontade, desejo e disciplina de fazer música de qualidade”, falou Nenéu, retribuindo o carinho da plateia. A efusão do público foi tanta que o concerto ainda teve direito a bis, com o vigoroso final da abertura da ópera O Guarani.

O público, principal convidado dessa festa de aniversário, também estava contente com a comemoração. O estudante Felipe Roberto foi ao concerto acompanhado da amiga Marina Maria. Ele, que frequenta os concertos da Banda desde 2013, após assistir à uma apresentação dedicada às trilhas sonoras de filmes, desejou vida longa ao grupo: “O concerto da Banda Sinfônica é eletrizante. Desejo que eles continuem evoluindo e tocando, com esses sons, as almas de quem os ouve”.

Sucesso – O concerto da Banda Sinfônica do Recife dedicado às trilhas sonoras é tão disputado que este ano a Banda Sinfônica do Recife tem duas apresentações agendadas para os dias 4 e 5 de novembro, ao invés de uma noite só, como normalmente acontece na temporada oficial. O anúncio foi feito pelo maestro da Banda, Nenéu Liberalquino, no aniversário da BSCR, realizado nesta quarta-feira (9). A fila para a retirada do ingresso, que é gratuito, chega a dar volta no Teatro de Santa Isabel.