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"Quando a idade vai chegando, começamos a achar que não dá mais tempo de fazer mais nada e aí percebemos que, nós mulheres, somos muitos sensíveis -  o que é diferente de ser frágil. Quando as portas do emprego formal se fecharam, comecei a desenvolver o dom e a arte de trabalhar com couro. Fiz cursos, me cadastrei na Rede e a Prefeitura nos deu uma mão para juntas caminharmos pelo lugar que quisermos, levarmos a nossa arte para todos os lugares", comentou a artesã Isa Marques, da Rede de Mulheres Tecendo Cidadania, no evento Mulheres e Empreendedorismo, promovido pela Secretaria da Mulher do Recife em parceria com a primeira Vara de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). A atividade em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, ocorreu nesta -feira (9), no hall monumental do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro da Ilha Joana Bezerra.

Na abertura da solenidade, estiveram presentes a desembargadora Daisy Maria, a gerente de desenvolvimento sustentável e igualdade de gênero da Secretaria da Mulher do Recife, Ana Magalhães, e a juíza da I Vara de Violência Doméstica e Familiar do Recife, Ana Cristina Mota. "Uma das atribuições da Vara é chegar mais perto das pessoas. Iremos passar o ano todo trabalhando para empoderar as mulheres e tirarem elas da situação de violência", comentou Ana Mota, em sua fala. No evento, as artesãs da Rede de Mulheres Tecendo a Cidadania, coordenada pela Secretaria municipal da Mulher, apresentaram seus trabalhos na Feira de Mulheres Empreendedoras do TJPE.

A roda de diálogo teve início com a coordenadora da Sala do Empreendedor da Prefeitura do Recife, Márcia Melo, comentando sobre os serviços disponibilizados para as mulheres que querem abrir seu próprio negócio. A roda de diálogo também contou com a presença de Ana Magalhães, a psicóloga da 1 Vara de Violência Doméstica, Paula Targino, e a assistente social, Débora Apolônio. O objetivo da conversa foi promover o espírito empreendedor nas participantes e debater questões como jornada excessiva de trabalho, divisão de tarefas domésticas e igualdade de gênero no mercado de trabalho.  

"Eu gostei da conversa porque eu ainda não tinha visto uma pessoa falar sobre a realidade de dividir tarefas com o marido. E é o certo. Tem que dividir com os maridos, com os filhos. Minhas amigas me recriminavam com isso e agora elas estão vendo que eu estou é certa", comentou a ascensorista  do Fórum Rodolfo Aureliano, Marta de Oliveira, de 59 anos. A atividade fez parte da programação da Secretaria da Mulher do Recife voltada para as recifenses, no mês de março. Este ano, a pasta municipal homenageia Bárbara de Alencar, heroína da Revolução de 1817.