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Saúde | 28.06.17 - 19h34

Grupo de Trabalho apresenta linha de cuidado para anemia falciforme

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Os aspectos da doença e tratamento na rede de saúde da PCR foram discutidos no Conselho Municipal de Saúde (Foto: Cortesia)

 

Os aspectos clínicos e laboratoriais da anemia falciforme foram abordados no Conselho Municipal de Saúde - CMS, pelo grupo de trabalho da Política Municipal de Saúde da População Negra da Secretaria de Saúde do Recife. Nesta terça-feira (27), foi apresentada toda a linha de cuidado na rede municipal para a doença, a exemplo do teste do pezinho que é realizado pelas maternidades do Recife.


O município do Recife possui 57,3% da população classificada como negra (preta + parda), de acordo com dados do IBGE (Censo 2010). A proposta do encontro é divulgar estratégias para diagnóstico e tratamento da doença para os profissionais e para o público de conselheiros do CMS. Josiane André que representou a Associação dos Portadores da Anemia Falciforme - Apaf falou da atuação da entidade. O encontro também foi alusivo ao Dia Mundial de Conscientização da Anemia Falciforme, ocorrido no dia 19 de junho.

A coordenadora da Política de Saúde da População Negra, Rosimary dos Santos, salientou que o Recife destaca-se nacionalmente por ofertar o exame para diagnóstico da Doença Falciforme para às gestantes durante o pré-natal e em caráter universal para toda a população, com coleta descentralizada de sangue nas unidades de saúde para diagnóstico laboratorial das hemoglobinopatias.

"Desde 2014, a Secretaria Municipal de Saúde vem implementando processos de qualificação para a linha de cuidado, além da implantação de protocolos clínicos e de acesso, integrando várias políticas de saúde", falou Rosemery dos Santos. Ela acrescentou que a linha de cuidado organiza a assistência municipal à pessoa com Doença Falciforme, desde a Atenção Básica até a média complexidade, em consonância com as políticas estadual e nacional, agregando ações preventivas, curativas e de reabilitação, considerando a Atenção Básica como ordenadora do cuidado.

Anemia falciforme - De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) a Anemia Falciforme é uma das doenças genéticas e hereditárias mais presentes em todo o mundo. No Brasil, também se configura como uma das mais comuns, distribuída heterogeneamente na população, sendo mais prevalente nos estados que possuem maior concentração de afrodescendentes.

As pessoas com Doença Falciforme, em geral, são pretas e pardas (população negra), integram os segmentos sociais e econômicos mais vulneráveis, possuem níveis baixos de escolaridade e tem dificuldade de acesso a serviços de saúde. A atenção integral à saúde das pessoas com Doença Falciforme é, portanto, uma das estratégias que contribuem para uma assistência de qualidade à população negra. A Doença Falciforme pode levar a complicações clínicas que determinam alto grau de morbidade (adoecimento) e mortalidade, representando uma questão de saúde pública. O seu diagnóstico precoce é feito através do Teste do Pezinho (Triagem Neonatal) no recém-nascido, mediante coleta de algumas gotas de sangue do seu calcanhar.