Serviço aeromédico do Samu com a PRF completa 10 anos
Dez minutos. Foi este o tempo que o policial Sheyk Xavier aguardou pela chegada da equipe de socorro, logo depois de ter sofrido um acidente de moto em 2011, em uma rodovia no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. “Entre as poucas coisas que lembro foi quando o caminhão colidiu comigo e quando o helicóptero estava se aproximando”, relembrou Sheyk. Ele foi socorrido pelo resgate aeromédico, que funciona em parceria entre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), e está completando 10 anos de funcionamento.
Equipes dos dois órgãos se reuniram, nesta quarta-feira (16), no Hangar da PRF, na Base Aérea do Recife, para celebrar a data. De acordo com o coordenador geral do Samu Metropolitano da capital, Leonardo Gomes, o serviço está disponível para a população todos os dias da semana e o acionamento é através do número 192. “O médico que está na regulação da ocorrência é o responsável por avaliar a necessidade do encaminhamento da aeronave, que é uma UTI móvel, com todos os equipamentos necessários para estabilizar a vítima até a chegada à unidade hospitalar”, explicou.
A aeronave é equipada com aparelhos de suporte avançado, como monitor cardíaco, respirador, desfibrilador, bomba de infusão, oxigênio e outros. No helicóptero vão médico, enfermeiro, piloto e operador. “O tempo é primordial para os primeiros cuidados, para estabilizar a vítima, nos casos de acidente. Durante o deslocamento, temos de fazer contato com as equipes de terra, na central, para ocorrer dentro do menor tempo e com segurança para a equipe”, afirmou o médico Ricardo Leimig, que atua no Samu há 10 anos.
De acordo com o chefe da Base de Operações Aéreas da PRF, Adoniran Batista, o serviço aeromédico é acionado geralmente para resgate em rodovias, em casos de acidente com vítima em estado grave, remoção intrahospitalar e até transporte de órgãos e desastres naturais. “A aeronave proporciona chance de sobrevida para as pessoas que estão em situação grave, de emergência. Pousamos em qualquer lugar que cabe o helicóptero, mas o serviço só é acionado das 7h às 17h porque precisamos de luz natural para fazer o socorro com segurança”, disse Adoniran.