Educação | 25.08.17 - 19h02
Compaz Escritor Ariano Suassuna recepciona ação da Semana Municipal da Pessoa com Deficiência
Arte e cultura inclusiva tomaram conta do Compaz Escritor Ariano Suassuna, no Cordeiro, na manhã desta sexta-feira (25). O quinto dia da 16ª Semana Municipal da Pessoa com Deficiência foi comemorado com recital do livro Poesia Acessível do professor Juvi Barbosa, lançamento da obra literária em braile da escritora Filomena de Almeida e apresentação do coral de surdos da Escola Municipal Cristiano Cordeiro.
Organizado pela Divisão de Educação Especial (DEE) da Secretaria de Educação do Recife, o evento contou com a participação de quatro escolas da rede municipal e da Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (Apae), somando mais de 200 pessoas presentes, entre pais, professores e estudantes. À frente da apresentação, estava a chefe da DEE e professora bilíngue Shirley Moura, que alegrou a todos ao anunciar a criação de um espaço de educação especial no Compaz Escritor Ariano Suassuna. A notícia foi recebida por gritos e palmas das mães e estudantes com deficiência, que agora terão mais um polo de educação acessível.
O Coral de Crianças Surdas entrou em cena com o tema "200 anos de Revolução Pernambucana". No repertório interpretado em libras pelo coral composto de crianças surdas e com pouca audição, estavam as músicas "Hino de Pernambuco" e "É tão lindo". Umas das componentes era Maria Clara, de 11 anos, que tem apenas 2% de audição. Maria Clara nasceu com um aparelho auditivo comprometido e posteriormente perdeu parcialmente a do outro, em uma queda quando bebê. Sua mãe, Elizabeth Rodrigues, afirma que não encontrou intérprete de libras em nenhum colégio particular. “Hoje, na escola municipal Cristiano Cordeiro, Maria Clara tem aula bilíngue em português e em libras, além de arte terapia”, contou.
O segundo momento do evento foi marcado pelo recital e lançamento do livro “Poesia Acessível” do professor Juvi Barbosa. "Inclusão é um movimento que tem como objetivo fazer com que todos pertençam à sociedade. A luta e a necessidade de combater o preconceito foi o que inspirou o livro. A poesia ajuda a criança", afirmou Juvi.