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Educação | 20.10.17 - 17h43

Teatro Barreto Júnior recebe apresentações culturais do projeto Estudante Protagonista

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A programação reuniu 123 estudantes das escolas José da Costa Porto (Ilha Joana Bezerra), Oswaldo Lima Filho (Pina), Paulo VI (Linha do Tiro) e Campina do Barreto (Cajueiro), que socializaram suas experiências desenvolvidas em sala de aula por intermédio da dança, música, cinema e poesia. (Foto: Wesley D`Almeida/PCR)

 

O Teatro Barreto Júnior, no Bairro do Pina, foi palco, na tarde desta quinta-feira (19), das apresentações culturais do mês de outubro do projeto “Estudante Protagonista”, desenvolvido desde o ano passado pela Secretaria de Educação da Prefeitura do Recife. Durante os últimos dias, alunos, professores e coordenadores das escolas municipais de Anos Finais (6º ao 9º ano do ensino fundamental), Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Programa Travessia, trabalharam o subtema “Cidadania em Pernambuco: de 1817 aos dias atuais”, dentro das ações do Ano Letivo 2017: “200 anos da Revolução Pernambucana: Recife em cena da Cultura Popular”.

A programação reuniu 123 estudantes das escolas José da Costa Porto (Ilha Joana Bezerra), Oswaldo Lima Filho (Pina), Paulo VI (Linha do Tiro) e Campina do Barreto (Cajueiro), que socializaram suas experiências desenvolvidas em sala de aula por intermédio da dança, música, cinema e poesia.

Um dos destaques ficou por conta da peça teatral “Recontando a Revolução Pernambucana”, que foi apresentada por 20 alunos do programa Travessia da Escola Municipal Paulo VI. O Travessia é direcionado a jovens fora da faixa etária que desejam concluir o ensino fundamental no prazo de um ano e meio. Vasti Bernardo, professora  que atua como apoio pedagógico no turno da noite, comemorou o resultado. “Essa apresentação de nossos alunos nos encheu de orgulho, especialmente porque em sua maioria são jovens que trabalham durante o dia e têm pouco tempo para estudar”, ressaltou a educadora.    

Já Anderson Monteiro, de 30 anos, que representou o revolucionário Gervásio Pires, disse que a participação na peça o motivou ainda mais para continuar estudando. “A 1ª apresentação durante a mostra cultural da escola já foi fantástica, imagina agora, em um teatro de verdade para um público muito maior. Estou muito feliz”, garantiu.    

Outra apresentação bastante aplaudida foi o experimento teatral “Tangram: Luz e Ação”, que teve como protagonistas estudantes de Anos Finais da Escola Costa Porto. Baseado na técnica chinesa do teatro de luz negra, que usa objetos que refletem a luz em meio à escuridão, os alunos, vestidos de preto, produziram figuras geométricas, animais e objetos diversos a partir de cartazes, luvas e panos afixados em suas mãos. A professora de Arte, Lucélia Albuquerque, explica que a ideia foi desenvolvida junto com a colega de matemática Cleciane Lima, mas a criação das figuras representadas foi toda dos alunos. “Estudamos o Tangram na teoria e na prática e acho que o resultado foi muito bom, principalmente pelo caráter inclusivo que a montagem proporcionou”, afirmou.

A professora fez referência à presença de Irene Silva, de 16 anos, entre os atores. A jovem tímida, que tem síndrome de Down, disse apenas que estava muito feliz. Já as coleguinhas Aline Monteiro e Adrielly Kelly, ambas de 13 anos, falaram um pouco mais sobre a participação no experimento. “Depois que fiquei sabendo do que se tratava, quis logo participar. O resultado visual é bem interessante e também nos motivou a estudar mais matemática”, contou Aline. “A maioria dos colegas não gosta de participar de atividades culturais na escola, mas com o Tangram foi diferente e acabou ajudando a unir mais toda a escola”, complementou Adrielly.

Ana Márcia de Sousa, gerente de Anos Finais da Secretaria de Educação, disse que gostou de todas as apresentações. “O principal objetivo desse evento, foi trabalhar o estudante protagonista na perspectiva artístico-cultural. A gente foi buscar nas escolas os trabalhos que contemplavam essa perspectiva e encontramos verdadeiras obras de arte, sempre com a participação não só dos alunos, mas de professores, coordenadores pedagógicos e dirigentes. Acho que estão todos de parabéns”, frisou, fazendo questão de lembrar que essa busca nas escolas contou com o apoio do Núcleo de Atividades Pedagógicas – NAC.