PCR restaura esculturas do Circuito da Poesia
A Prefeitura do Recife iniciou a restauração de onze esculturas que fazem parte do Circuito da Poesia. A Secretaria de Turismo do Recife repassou para a Empresa Municipal de Limpeza Urbana (Emlurb) o valor de R$ 25 mil para custear os reparos nas estátuas.
“Os monumentos estão situados em locais que fizeram parte do cotidiano dos artistas ou em espaços que foram abordados na obra dos poetas. São locais que todo turista que chega à Cidade gosta de ver”, afirma André Campos, secretário de Turismo do Recife. Das doze esculturas que compõem o circuito, apenas a de Chico Science não foi danificada.
A primeira a passar por reparo será a do poeta Joaquim Cardozo, situada na Ponte Maurício de Nassau. De acordo com Fernando Melo, diretor de Manutenção Urbana da Emlurb, “serão retiradas as pichações e feita uma limpeza geral nas peças; as placas de identificação serão arrumadas e as peças que foram retiradas das esculturas, como dedo, nariz e instrumentos musicais, serão colocadas”. Os reparos ficarão sob a responsabilidade do artista plástico Demetrio Albuquerque.
As peças já passaram por pequenas restaurações pontuais. “Na escultura de Joaquim Cardozo, por exemplo, foram pelo menos cinco restaurações do nariz da peça. Outro alvo constante é Capiba, que já teve os dedos danificados por várias vezes. O pior dano aconteceu na peça de Chico Science, que foi praticamente partida ao meio, após ser derrubada do pedestal”, completa Fernando Melo.
O projeto Circuito da Poesia, realizado pela Prefeitura do Recife, é uma homenagem a doze expoentes da cultura pernambucana e é constituído pelas esculturas de João Cabral de Melo Neto, na Rua da Aurora; Manuel Bandeira, também na Aurora; Clarice Lispector, Praça Maciel Pinheiro; Mauro Mota, na Praça do Sebo; Capiba, na Rua do Sol; Chico Science, no memorial do artista (Rua da Moeda); Carlos Pena, na Praça da Independência; Antônio Maria, na Rua do Bom Jesus; Solano Trindade, no Pátio de São Pedro; Ascenso Ferreira, no Cais da Alfândega; Joaquim Cardozo, também no Cais da Alfândega; e Luiz Gonzaga, na Estação Central do Metrô. O projeto foi iniciado em 2005 e concluído em 2007. Para a elaboração do trabalho, a Prefeitura do Recife, em parceria com o Banco do Brasil, investiram mais de R$ 270 mil.