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| 30.05.11 - 18h34

Gustavo Couto prestigia seminário sobre comunicação e doenças negligenciadas na Fiocruz

O evento é destinado aos gestores, profissionais de saúde e comunicadores que atuam na área da saúde

Por Tádzio Estevam

O secretário de Saúde do Recife, Gustavo Couto, participará da mesa de abertura do seminário “Comunicação e as doenças negligenciadas”, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz em Pernambuco (Fiocruz), que será realizado nesta terça-feira (31), a partir das 8h30, no Auditório Frederico Simões Barbosa, do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (Fiocruz PE), localizado no Campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Na pauta, o destaque será discutir questões relacionadas à comunicação no enfrentamento das doenças negligenciadas. O evento é destinado aos gestores, profissionais de saúde e comunicadores que atuam na área da saúde, uma vez que o evento ocorre no momento em que o estado de Pernambuco, por intermédio da Secretaria Estadual de Saúde, lança o Programa de Enfrentamento às Doenças Negligenciadas (Sanar). Outro objetivo do evento será discutir a cobertura da mídia relacionada a essas doenças, já que os meios de comunicação de massa cumprem hoje um lugar fundamental na formação do olhar que a população tem sobre o mundo e as relações sociais.

Na programação estão agendadas várias atividades como exibição de vídeo e mesas redondas com comunicadores da imprensa local e pesquisadores da instituição. O seminário contará, também, com representantes do Ministério da Saúde, Secretaria de Saúde de Pernambuco e Fiocruz PE.

Programa Municipal de Enfrentamento às Doenças Negligenciadas – Em 2010, as secretarias de saúde do Recife, Olinda e Jaboatão, foram escolhidas para receber recursos na ordem de U$ 580 mil para tratar doenças negligenciadas como filariose, hanseníase, esquistossomose e verminoses, em escolares com idades entre seis e 14 anos, um total de cinco mil estudantes. Esses recursos são provenientes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio da Fundação Norte-americana Bill e Melinda Gates, que estão financiando esse combate não só no Brasil como também em outros quatro países da América Latina (México, Guatemala, Haiti e Guiana). A escolha dessas três cidades se deu pelas altas taxas de prevalência de casos. Contudo, a Secretaria de Saúde do Recife já deu início às ações mesmo sem ter recebido os recursos do BID, para aproveitar o início do calendário escolar e concluir a primeira etapa do projeto em exatos dois anos.

Os estudantes de dez escolas municipais e seus familiares estão sendo examinados e tratados. É o caso da hanseníase, que mesmo não sendo considerada uma doença pediátrica, a identificação numa criança configura que a transmissão foi feita por um adulto que reside no mesmo endereço e que está ou não sendo tratado. Além da hanseníase, outra doença que está muito presente na vida dessas crianças são as helmintíases (ascaridíase, tricuríase, oxiuríase, teníase, etc), no qual 30% desse público têm algum tipo de helmintíase e isso acaba atrapalhando o desenvolvimento escolar dos alunos.

Em março deste ano, a Secretaria de Saúde do Recife foi convidada para apresentar a experiência municipal para a Secretaria de Saúde de Pernambuco. O encontro, que contou com os representantes das pastas municipal e estadual, aconteceu na própria SES e ocasionou na assinatura de uma carta de intenções entre a esfera estadual, a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e o Sabin Vaccine Institute (EUA) para que a experiência do Recife fosse replicada para o Estado inteiro.

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