Fórum de Gestores aborda violência nas escolas municipais
Os debates abordam maneiras de reduzir a violência no ambiente escolar
Termina nesta quinta-feira (30) o Fórum de Gestores, evento direcionado aos dirigentes das escolas municipais. A formação é orientada pela assessoria de gestão escolar, vinculada a Secretaria de Educação, Esporte e Lazer (SEEL), em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã. O tema do mês de junho é “O Papel do Gestor Escolar no Enfrentamento da Violência”. O evento começou na última terça-feira (28), e acontece no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, na Madalena.
A abertura do evento contou com a presença de sete representantes da área educacional e de direitos humanos: a assessora de Gestão Escolar, Socorro Assunção; a coordenadora do programa “Escola que Protege”, Luiza Ednilsa; a coordenadora do Grupo de Trabalho em Educação das Relações Étnico-raciais (GTERÊ), Fátima Oliveira; a gerente da Criança e do Adolescente, Maria Helena Vicalvi; a responsável pela Gerência de Livre Orientação Sexual (GLOS), Rivânia Rodrigues; o diretor de Igualdade Racial, Emerson Nascimento; e a coordenadora da Gerência da Pessoa Com Deficiência, Wânia Nóbrega.
A assessora de Gestão Escolar, Socorro Assunção, iniciou as atividades abordando a questão da necessidade do enfrentamento da violência por todos os setores da unidade educacional, mas, em particular, pelo gestor. “A violência tem crescido e precisa ser enfrentada. O gestor precisa abrir as portas da escola para esses estudantes, que necessitam de orientação”, explicou.
Após a abertura, houve uma explanação da responsável pela Escola que Protege, Luiza Ednilsa, sobre os diversos tipos de violência e a necessidade de se tratar cada tipo de forma diferenciada. “Existem três tipos de violência: a auto-infligida, a coletiva e a individual. Elas precisam ser tratadas de forma específica e a escola de modo a proteger e garantir os direitos dos estudantes, reafirmando o pleno exercício da cidadania”, frisou a educadora.
A gerente da Criança e do Adolescente, Maria Helena Vicalvi, discutiu a questão do enfrentamento da violência sexual nas crianças e nos adolescentes. “Precisamos saber que a rigidez, o autoritarismo e a gritaria não têm nada a ver com dar limites”. Além disso, a gestora lembrou que quem desejar fazer uma denúncia, pode ligar para o Disque 100 ou procurar a Gerência da Criança e do Adolescente através dos telefones 3355-8378 ou 3355-8643.
Houve ainda uma exibição do curta “Por outros olhos”, sob a coordenação da gerente de Livre Orientação Sexual (GLOS), Rivânia Rodrigues, que debateu a homossexualidade na adolescência e a forma de se conversar com o jovem que passa por essa situação. Silvana Oliveira, do Grupo de Trabalho e Orientação Sexual (GTOS), complementou a abordagem explicando que a violência de gênero não se limita aos maus tratos com a mulher e ocorre principalmente pelo descumprimento das expectativas criadas em relação ao comportamento de homens e mulheres.
Fátima Oliveira, do GTERÊ, em conjunto com Emerson Nascimento, diretor de Igualdade Racial da PCR, finalizou o fórum falando sobre a violência da discriminação racial e sobre a importância de uma formação com essa temática. “O importante desse tipo de fórum é trazer a reflexão para os gestores das escolas municipais e que isso seja transmitido para os diversos setores da comunidade escolar. Abordamos as várias facetas da violência e como ela se materializa no cotidiano escolar, buscando formas de minimizá-la”, esclareceu Fátima.
A dirigente da Creche Lua Luar, Rosália Rodrigues, aprovou a iniciativa do fórum. “A temática da violência abre muitas perspectivas para se ter uma visão generosa de como olhar o estudante e respeitar a individualidade de cada um”, afirmou. A impressão da gestora da Escola Profissional Professor Aderbal Jurema, Rosângela Gonçalves, não foi diferente. “Achei o fórum excelente. A questão do respeito foi muito bem abordada e anotei o nome de todos os vídeos para trabalhar com os alunos na escola”, disse.
A Secretaria de Educação, Esporte e Lazer já reuniu 52 escolas municipais para debater o enfrentamento da violência, entre elas a Escola Municipal Antônio Farias Filho, no bairro de San Martin.