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| 08.06.12 - 18h56

Equipes da Academia da Cidade são capacitadas sobre ritmos juninos

Formação permitirá que profissionais trabalhem os estilos durante as aulas

Por Larissa Correia

Profissionais e estagiários de educação física da Academia da Cidade participaram, na manhã e tarde desta sexta-feira (08), de uma capacitação sobre ritmos nordestinos. A proposta é que eles aproveitem a proximidade e a influência dos festejos juninos para incrementar as atividades nos 30 polos do programa em funcionamento na capital
pernambucana. A sensibilização reuniu mais de 120 participantes e movimentou o auditório da Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena.

A formação foi conduzida pelo produtor cultural Genivaldo Francisco da Silva. “Os professores da Academia da Cidade estão presente nas comunidades e queremos nos valer dessa inserção para promover a saúde e valorizar a nossa cultura, que é tão rica. Só a  quadrilha matuta tem mais de 50 passos, como anarriê, alavantu, serrote e balancê”, exemplificou o arte-educador. Ele também é coordenador municipal do Consultório de Rua do Recife, que trabalha com redução de danos pelo consumo de entorpecentes entre pessoas em situação de rua.

Atuando há um ano e meio como professora do programa, Raquel Morais disse fazer questão de divulgar os ritmos juninos nas atividades cotidianas. “Quando chega essa época, os próprios usuários já pedem que ensinemos estilos como forró, quadrilha, xote, xaxado... Trabalhamos a temática em rodas de diálogo e em intervenções práticas. O bom da capacitação é poder reciclar nossos conhecimentos e até mesmo ideias sobre dinâmicas e estratégias de como abordar o assunto durante as aulas”, comentou a profissional, que atua no polo da Lagoa do Araçá, na Imbiribeira.

Coordenadora geral do programa, Geanine Barros destacou a importância de capacitar os profissionais e estagiários. “A Academia da Cidade é uma estrutura de política pública de promoção da saúde que tenta articular conceitos de saúde com várias outras abordagens, inclusive culturais. A partir das artes, a iniciativa permite que lancemos um outro olhar sobre a saúde, contextualizando aspectos históricos dos ritmos, abordando cada um deles e destacando a necessidade de respeito às diferenças”, completou.