Saúde da população negra foi o tema da aula especial de curso técnico
Objetivo foi motivar os profissionais da rede a proteger e acompanhar a saúde dos moradores disseminando a igualdade racial
Por Clarissa Macau
Objetivo foi motivar os profissionais da rede a proteger e acompanhar a saúde dos moradores disseminando a igualdade racial. Foto: Irandi Souza
A população negra foi o tema de uma aula especial do Curso Técnico de Agentes Comunitários de Saúde, promovido pela Secretaria Municipal do Recife na manhã desta quinta-feira (26) para mais de 200 alunos. No evento, que aconteceu no edifício sede da prefeitura-, foram discutidas desde as doenças mais comuns na população negra como as falciformes, o diabetes e a hipertensão, além dos seus tratamentos até o combate à discriminação. Tudo isso a partir da visão da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da População Negra. O objetivo foi motivar os profissionais da rede que atuam próximos a comunidade a proteger e acompanhar a saúde dos moradores disseminando a igualdade racial.
De acordo com a gerente operacional de Saúde da População Negra, Sony Santos, a política voltada aos negros “possui a função de sensibilizar e capacitar os profissionais na assistência às doenças e agravos provocados nessa população em situação de maior vulnerabilidade”.
A gerente também chamou atenção para a discussão sobre o racismo institucional. “Esse é o tema principal da nossa política, na qual sempre estamos pensando em estratégias para enfrentar a discriminação de qualquer cor, principalmente a negra por causa do estigma e do histórico, dentro das instituições sejam públicas ou privadas. Os agentes de saúde têm a missão de respeitar e passar a noção de igualdade entre todos”, enfatizou.
A biomédica do Laboratório Municipal de Saúde, Isabel Duarte, falou sobre a importância do teste do pezinho para bebês e do exame de eletroforese de hemoglobina para adultos, principalmente às gestantes no período pré-natal. O último se trata de uma medida implantada na rede municipal de saúde em 2002 e nacionalmente na Rede Cegonha do Ministério da Saúde em 2011.