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| 09.10.14 - 10h13

Secretaria de Saúde do Recife alerta para a importância da vacinação da 2ª dose da HPV

Dados do Programa Nacional de Imunização mostram que apenas 12% do público-alvo se vacinou. (Foto: Antônio Tenório/PCR)

Pouco mais de um mês depois do início da aplicação da 2ª dose da vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV), a Secretaria de Saúde do Recife reforça a importância da continuidade do esquema vacinal para garantir a proteção adequada. Na capital pernambucana, das 34.156 adolescentes que fazem parte do grupo prioritário, aproximadamente 12% procuraram os postos de vacinação. A primeira etapa, que ocorreu em abril, chegou a 100% de cobertura.

Dados do Programa Nacional de Imunização (PNI) apontam que, no Recife, as adolescentes de 13 anos são maioria – 16% – na procura pela vacina. Foram aplicadas em todo o município apenas 3.910 doses, de um total de 34.156 que precisam ser administradas.

A imunização pode ser feita em todas as Unidades de Saúde da Família (USFs), incluindo as Upinhas 24 horas e Upinhas Dia, além das policlínicas da rede municipal. O público-alvo são as adolescentes do sexo feminino com faixa etária entre 11 e 13 anos. Meninas que completaram 11 anos há pouco tempo e não tomaram a 1ª dose também podem receber a vacina. É preciso levar cartão de vacinação, cartão do SUS e documento de identidade.

A baixa procura tem preocupado a Secretaria Municipal de Saúde. Para o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, a informação sobre a eficácia da vacina é a melhor estratégia. “Não é preciso ter medo de tomar a vacina, visto que vários estudos comprovam a segurança da vacina, inclusive as adolescentes já receberam a primeira dose. Temos de pensar que se trata da prevenção de uma doença potencialmente grave, como o câncer de colo de útero, então, é importante que as meninas tomem as três doses, como recomenda o Ministério da Saúde, para garantir a proteção completa”, alertou o secretário.

De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Recife, Elizabeth Azoubel, a vacina é segura. “Muita gente está receosa depois de alguns casos de meninas que passaram mal. É muito raro a vacina provocar reações, além dos comuns, como dor local, cefaleia e febre em menor incidência. O que acontece, na maioria dos casos, é o que chamamos de síncope, consequência da ansiedade e do medo da injeção, não relacionado especificamente à vacina de HPV”, explicou Elizabeth. A terceira dose da vacina deve ser aplicada cinco anos depois de receber a 1ª dose.

Papilomavírus Humano (HPV) – É um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativa da Organização Mundial da Saúde aponta que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, anualmente. A vacina não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais.