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| 03.12.14 - 10h08

Recife começa a capacitar Agentes Comunitários de Saúde para lidar com pessoa com deficiência

Mais de 2 mil ACS de todos os distritos sanitários serão treinados. (Foto: Inaldo Lins/ PCR)

Luciana da Silva trabalha como Agente Comunitária de Saúde (ACS), na área do Distrito Sanitário VIII, Zona Sul do Recife. Desde esta terça-feira (2), ela se sente mais preparada para lidar com pessoas com deficiência, depois de participar de uma capacitação promovida pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência.

“A partir de agora muda tudo. A gente vai ter outro olhar sobre aquelas pessoas, além de ter como encaminhá-las pros serviços adequados”, afirmou Luciana. “Interessante é que a gente aprendeu até a como oferecer ajuda a uma pessoa, da maneira que ela não se sinta frágil”, completou. Esta foi a segunda turma capacitada com o objetivo de promover o fortalecimento dos direitos das pessoas com deficiência. Ao todo, mais de 2 mil profissionais, de todos os distritos sanitários, receberão o treinamento.

O ACS Fernando Moreira, que também atua no Distrito VIII, saiu da capacitação com algumas informações novas. “Além de aprender como se relacionar, aprendemos a terminologia certa, que já sofreu algumas mudanças, e agora devemos nos referir a elas como pessoas com deficiência, e não portadores de deficiência ou deficientes, por exemplo”, contou o agente.

De acordo com o coordenador de Desenvolvimento Econômico da Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência, da Secretaria Estadual de Direito Humanos, o treinamento ainda estimula o profissional a orientar melhor quem precisa. “O agente comunitário de saúde é quem tá na ponta, dentro da família, e ele tendo essas informações, melhora a relação e as informações sobre os serviços”, disse Edmilson Silva.

Segundo a coordenadora da Política de Saúde da Pessoa com Deficiência, Gabriela Magalhães, será feito um levantamento da população, com o qual poderão ser aplicadas as estratégias de acordo com o resultado de cada região. “O ACS vai trazer essa necessidade, e Estado e Município vão poder atuar de forma mais eficaz. Se a gente tem o mapeamento de identificação das pessoas com deficiência, a gente vai poder fazer trabalhos direcionados pra aquele público específico de cada região”, disse Gabriela.