Recife começa a capacitar Agentes Comunitários de Saúde para lidar com pessoa com deficiência
Luciana da Silva trabalha como Agente Comunitária de Saúde (ACS), na área do Distrito Sanitário VIII, Zona Sul do Recife. Desde esta terça-feira (2), ela se sente mais preparada para lidar com pessoas com deficiência, depois de participar de uma capacitação promovida pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência.
“A partir de agora muda tudo. A gente vai ter outro olhar sobre aquelas pessoas, além de ter como encaminhá-las pros serviços adequados”, afirmou Luciana. “Interessante é que a gente aprendeu até a como oferecer ajuda a uma pessoa, da maneira que ela não se sinta frágil”, completou. Esta foi a segunda turma capacitada com o objetivo de promover o fortalecimento dos direitos das pessoas com deficiência. Ao todo, mais de 2 mil profissionais, de todos os distritos sanitários, receberão o treinamento.
O ACS Fernando Moreira, que também atua no Distrito VIII, saiu da capacitação com algumas informações novas. “Além de aprender como se relacionar, aprendemos a terminologia certa, que já sofreu algumas mudanças, e agora devemos nos referir a elas como pessoas com deficiência, e não portadores de deficiência ou deficientes, por exemplo”, contou o agente.
De acordo com o coordenador de Desenvolvimento Econômico da Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência, da Secretaria Estadual de Direito Humanos, o treinamento ainda estimula o profissional a orientar melhor quem precisa. “O agente comunitário de saúde é quem tá na ponta, dentro da família, e ele tendo essas informações, melhora a relação e as informações sobre os serviços”, disse Edmilson Silva.
Segundo a coordenadora da Política de Saúde da Pessoa com Deficiência, Gabriela Magalhães, será feito um levantamento da população, com o qual poderão ser aplicadas as estratégias de acordo com o resultado de cada região. “O ACS vai trazer essa necessidade, e Estado e Município vão poder atuar de forma mais eficaz. Se a gente tem o mapeamento de identificação das pessoas com deficiência, a gente vai poder fazer trabalhos direcionados pra aquele público específico de cada região”, disse Gabriela.