Festival Meu Recife é Assim incentiva o turismo local
Recifenses de vários bairros da cidade tiveram dois dias inteiros de programação gratuita para aproveitar o município onde moram. Ontem (29) e hoje (30), a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Recife promoveu o Festival Meu Recife é Assim. Com uma programação recheada de atividades ao ar livre, o evento aconteceu em comemoração ao dia Mundial do Turismo, celebrado na última quinta-feira (27).
A manhã do sábado começou com o roteiro de bicicleta “Recife: cultura, folia e inovação”. Durante a tarde, na Avenida Rio Branco, a população pôde participar de uma roda de diálogo sobre lazer urbano, staycation e turismo cidadão. Quem se deslocou até lá, também pôde conferir o Cine Bike, que exibiu os filmes: A Menina do Algodão e Recife Frio, de Kleber Mendonça Filho, O Mundo é Uma Cabeça, de Claudio Barroso e Onildo Almeida Groove Man, de Helder Lopes. Na Rua da Guia, aconteceu o Sarau das Artes, com atrações musicais, de dança e teatro. Ao anoitecer, um grupo de 30 inscritos participou da Caminhada Assombrada no Recife Velho, um roteiro que conta as histórias mal-assombradas da cidade.
Já na manhã do domingo, a programação teve início com o roteiro especial do Olha! Recife no Rio. Partindo do Jardim do Baobá até o Marco Zero, os participantes puderam desfrutar das belas paisagens da cidade por um ângulo diferente. Os passageiros foram conduzidos por um guia de turismo, o qual informou e contou histórias e curiosidades sobre cada bairro por onde o barco passou. “Recife tem muita coisa para se ver. Tem gente que mora aqui e, às vezes, nem conhece a cidade. Eu mesma, moro aqui há anos e só depois que fiquei sabendo do Olha! Recife foi que me veio a ideia de conhecer melhor a cidade, de ‘arruar’ como dizia Mário Sette”, afirmou a aposentada Fátima Brito.
Turistar na cidade onde se vive não é um hábito muito comum para boa parte da população, e por isso, a Seturel tem incentivado os recifenses, durante o ano inteiro, com projetos como esse. “A gente busca conhecer e ler sobre muita coisa de fora e acaba esquecendo que aqui tem muita coisa importante. Todo mundo ficou chocado com o que aconteceu no museu do Rio de Janeiro, e se pararmos para pensar, a gente não conhece nem os museus daqui. Então, esse projeto é bom por incentivar o pessoal a conhecer mais sobre onde vivem”, pontuou Lucas Fernando.
Mais tarde, na Avenida Marquês de Olinda, o polo esportivo funcionou a todo vapor com aula de crossfit, aula de ritmos, hip hop, basquete, badminton, parkour, skate e voleibol. Na Rua do Bom Jesus, o Festival de Cerveja Artesanal marcou presença. E no palco do Marco Zero, teve show da Orquestra Arruando, Los Cubanos e Estesia.