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O Parque do Caiara, na Iputinga, foi palco do segundo dia de atividades do 2º Festival da Juventude do Recife, nesta quinta-feira (1º). A programação da Prefeitura do Recife envolveu dezenas de adolescentes e jovens de diversos bairros da cidade em torneios de futsal feminino e futebol de campo masculino. As duas competições reuniram 15 equipes, com atletas com 15 a 22 anos. Ao final dos torneios, os campeões e vices receberam troféus e medalhas.

Com o tema #DefendendoDireitos, o Festival de Juventude do Recife começou nessa quarta-feira (31) e vai até sábado (3), quando o Parque da Macaxeira receberá intervenções artísticas, oficinas, feirinha e a prévia da 15ª edição do Festival No Ar Coquetel Molotov. O evento é promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife (SDSJPDDH), em parceria com o No Ar Coquetel Molotov e o Conselho Municipal de Políticas Públicas de Juventude, com apoio da Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer, Secretaria de Segurança Urbana, Secretaria de Educação e outras pastas da PCR, além do Coletivo BoiKOT e da ONG Cores do Amanhã. 

Cerca de dois mil jovens participaram da 1ª edição do Festival de Juventude, em outubro de 2017. Para este ano, quando a programação foi ampliada de um para três dias, a estimativa de público é de três mil pessoas. “Ao promover atividades esportivas para moças e rapazes aqui no Caiara, por exemplo, estamos efetivando um dos 11 direitos previstos no Estatuto da Juventude, que é o acesso a práticas esportivas e de lazer de qualidade”, disse a secretária-executiva de Juventude do Recife, Camila Barros.

Pâmela Skarllet, de 22 anos, goleira do Real Madrid Recife, do bairro de Nova Descoberta, garantiu o empate de 0x0 com as meninas do União Beraldense, do Caiará. “Jogo futsal e futebol de campo há mais de 10 anos e é uma das minhas paixões. Achei super legal a PCR aproveitar o festival para promover esse torneio esportivo, principalmente por proporcionar mais visibilidade ao futsal feminino, que normalmente é um reduto dos meninos”, opinou a jovem.

Atacante do União, Carolaine Gouveia, de 20 anos, disse que também participa do futebol de campo no campeonato Recife Bom de Bola promovido pela PCR. “Infelizmente não jogamos bem contra o Real e o empate foi justo. Já esse torneio realizado hoje foi uma ótima oportunidade para movimentar os jovens da periferia, geralmente carentes de eventos desse tipo”, observou a menina.

Pelo lado dos rapazes, Antônio Vicente, de 15 anos, atacante do Cruz de Malta, do Totó, estava otimista em levantar a taça. “Trazer esse torneio para o Parque do Caiara foi uma forma positiva do Festival da Juventude homenagear todos os amantes do futebol. Acho a atividade esportiva fundamental, pois nos dá forças para enfrentar os desafios do dia a dia”, refletiu o garoto. Autor do gol da vitória do Real Recife contra o Palmeirinha, ambos da Iputinga, Mateus dos Santos, de 16 anos, era só alegria. “Esse torneio foi muito importante para movimentar nossa comunidade. A Prefeitura do Recife está de parabéns”.

SÁBADO - Aberto nessa quarta-feira, com o Halloween do Compaz Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha, o 2º Festival de Juventude do Recife tem como ponto alto da programação o sábado, a partir das 14h, no Parque da Macaxeira, onde haverá intervenções artísticas, oficinas, feirinha e a prévia da 15ª edição do Festival No Ar Coquetel Molotov. Isaar França e Luiz Lins são os dois artistas trazidos pelo Molotov. Haverá ainda apresentações do Grupo Cores Femininas e Nação de Maracatu Estrela Brilhante.  

Para incentivar e dar visibilidade ao trabalho artístico de jovens, de forma individual ou coletiva, nas diversas linguagens desenvolvidas nos diferentes territórios da cidade do Recife, oFestival de Juventude também abriu espaço para apresentação artística de grupos jovens da cidade. Foram selecionados para subir ao palco o cantor e guitarrista recifense Fernandes, o grupo Ipueira Coco de Rua e a Companhia de Dança Nativos.

Também no sábado, os jovens do Compaz Eduardo Campos farão uma apresentação de dança de um trecho da peça “Tereza: uma luz chamada resistência”. O espetáculo homenageia figuras e grupos que marcaram história e deixaram seu legado no Alto Santa Terezinha. Durante todo o evento, a discotecagem ficará por conta do DJ Big, produtor cultural e educador social do Compaz, e da Rádio Libertadora, projeto idealizado por Eduardo Pontual, integrante do coletivo BoiKOT, que mistura música eletrônica com ritmos brasileiros.