Agenda do Prefeito | 30.11.18 - 14h20
Prefeito inaugura primeira unidade da rede de Laboratórios de Ciência e Tecnologia nas Escolas Municipais
Equipamento foi instalado na Escola Pedro Augusto, na Soledade, e teve investimento de R$ 200 mil. A meta é implantar 12 laboratórios até 2019. (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)
Ciência e Educação são assuntos inseparáveis. Então, nada melhor que um espaço adequado para desenvolver as habilidades em ciência e tecnologia dos alunos da rede municipal. Com este sentimento, o prefeito Geraldo Julio inaugurou nesta sexta-feira (30) o primeiro Laboratório de Ciências e Tecnologia, na Escola Pedro Augusto, na Boa Vista. O espaço é o primeiro do tipo na rede municipal do Recife e tem capacidade para receber 40 estudantes, simultaneamente, com investimento de R$ 200 mil, vindos do Tesouro Municipal. A meta é implantar 12 laboratórios similares nas demais escolas da rede. A iniciativa faz parte do programa Escola do Futuro e tem por objetivo estimular o espírito crítico e dar aos estudantes o papel de protagonismo.
Para o prefeito Geraldo Julio, a inauguração do espaço vai atrair e dinamizar o aprendizado, levando o conhecimento para além da sala de aula. "Laboratórios de Ciência e Tecnologia são espaços completos. Não é só tecnologia e robótica, envolve engenharia e matemática e traz para dentro do laboratório professores de geografia, história, português para o aprendizado ficar conectado com o futuro e muito mais atrativo para nossas crianças", afirmou o prefeito.
O espaço da Escola Municipal Pedro Augusto será um local que funcionará em quatro quadrantes: Laboratório Convencional de Ciência Básica; Instrumentação Científica; Robótica e Programação e Espaço Maker. Entre os artefatos e equipamentos no Laboratório, os estudantes terão desde kits de montagem de robótica a microscópios, vidraria e substâncias químicas reagentes, peças de anatomia básica, 50 tablets, câmeras de foto e filmagem e impressora 3D, entre outros itens. Na escola Pedro Augusto, que funciona em horário integral, 360 estudantes serão beneficiados.
O secretário municipal de Educação, Alexandre Rebêlo, destacou o esforço constante para tornar a escola mais atrativa. "Agora, a gente quer trabalhar com clube de ciência, tendo como unidade central o laboratório da escola. A ideia é que o espaço sirva não apenas para ciências, mas para as outras disciplinas. A expectativa é que eles possam desenvolver os projetos aqui dentro, porque quando criamos projetos que façam sentido para os estudantes, eles ficam estimulados e querem ficar mais tempo dentro da escola. O mais importante é que eles conseguem ir além do aprendizado de matemática, português, ciências e eles aprendem a trabalhar em grupo, resolvem desafios, desenvolvem projetos. Então essas todas são habilidades que importam demais para o futuro", contou o projeto.
Em fase de testes, a impressora 3D já serviu para dois projetos inovadores propostos pelos estudantes. Um deles foi a construção de uma mão em PLA, material termoplástico biodegradável e cujo protótipo visa incluir movimentos para as falanges e ser utilizada como prótese para pessoas com deficiência.
Um dos alunos à frente do projeto da prótese da mão é Pablo Henrique, 13 anos. Ele conta que a ideia surgiu da convivência com um colega que não tinha a mão esquerda. "Com a ajuda de ortopedista e fisioterapeuta, a gente tirou as medidas da mão dele e fez um projeto 3D para simular a mão e as articulações", contou o estudante, acrescentando que o laboratório é uma oportunidade para sair do campo teórico e ir para prática.
ACOMPANHAMENTO - Estudantes e professores de cada laboratório terão o apoio integral de um coordenador com perfil para atuar em ciência, pesquisa científica e cultura maker e dois auxiliares (estudantes universitários de iniciação científica ou de curso de nível superior de áreas de ciências ou tecnológicas). O projeto prevê ainda ampliação de parcerias com as universidades, o Espaço Ciência, Porto Digital, Cesar e FabLab Recife, entre outros.
Na prática, as aulas nos laboratórios irão se amparar nas metodologias de aprendizagem baseada em problemas e STEAM (Science, Technology, Engineering, The Arts and Math – Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática e em problemas propostos pelos professores e pelos próprios estudantes com aulas regulares de demonstração; projetos para feira do conhecimento ou de ciências; projetos especiais com o desenvolvimento de aplicativos/software ou novos dispositivos com soluções contextualizadas por equipes dos clubes de ciência ou robótica; aulas práticas; projetos com pesquisadores das universidades parceiras e servir de espaço mais adequado da escola para determinadas práticas pedagógicas extraordinárias.