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A Prefeitura do Recife entrega hoje (21), às 16h30, mais uma etapa do projeto Mais Vida nos Morros. A comunidade beneficiada é a Rua Vitoriana, em Beberibe, que  recebeu o oitavo capítulo do projeto, beneficiando diretamente 100 famílias. Através de encontros, conversas e workshops na comunidade os moradores puderam dar opinião de como gostariam e como juntos eles poderiam transformar o lugar onde moram.

A comunidade teve oficinas de compostagem de lixo e instalação de hortas, envolvendo todos os moradores no projeto, adultos e crianças. Os moradores e especialmente as crianças participaram da escolha de cada elemento feito nesse grande painel de arte que se transformou Beberibe. Foram coqueiros, joaninhas, pássaros e outras figuras desenhadas com ajuda deles e a partir de sugestões dos próprios moradores.

A escadaria da rua Vitoriana, onde antes existia um ponto de acumulo de lixo,  deu espaço para muita cor, arte e união entre os moradores. Muitas mães ficam ali sentadas conversando com a vizinhança e vendo seus filhos brincarem. Os moradores participaram de uma oficina sobre o aproveitamento do lixo orgânico através da compostagem dos resíduos. Ao final, os participantes ganharam um kit composto por uma mini horta e um minhocário para levar pra casa.

O Mais Vida nos Morros é uma política pública inovadora para os morros da cidade do Recife, onde a partir do protagonismo e engajamento dos próprios moradores se inicia a transformação urbana. A idéia é despertar uma mudança de comportamento em relação às questões urbanas e ambientais e cada vez mais um sentimento de comunidade, de preocupação com o coletivo, de auto estima, de identidade, buscando o orgulho do morador com o seu território.

O Programa Mais Vida nos Morros foi iniciado em dezembro de 2015. Até o momento, mais de 13 mil recifenses foram beneficiados diretamente; são moradores do Alto do Maracanã (Dois Unidos), Córrego do Jenipapo, Mangabeira/Alto José do Pinho, Três Carneiros/Ibura, Alto Santa Isabel, Morro da Conceição e Sítio São Brás.

Locais onde eram pontos de confinamento de lixo viraram áreas de convivência, de contemplação, de lazer, hortas comunitárias, farmácias vivas, ou até mesmo parklets. O projeto também engloba soluções para o lixo orgânico como os minhocários individuais. A arte urbana também é muito presente nas barreiras e vielas. As escadarias e os postes também são humanizados. Aos finais de semana, os moradores fazem mutirão para pintura das casas e ajudam como podem nas ações espalhadas pela comunidade. As crianças em idade de primeira infância das comunidades também são beneficiadas com intervenções e requalificações especialmente pensadas para elas.