Crianças e responsáveis aprendem a prevenir o desaparecimento na V Semana do Bebê
Crianças da Escola Municipal Margarida de Siqueira Pessoa, localizada na Bomba do Hemetério, participaram, na manhã desta sexta-feira (24), na Av Rio Branco, de várias atividades que despertaram o conhecimento para situações de risco. A Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas Sobre Drogas e Direitos Humanos (SDSJPSDDH) do Recife, em parceria com a Delegacia de Proteção da Criança e do Adolescente (DPCA), entre outros órgãos, trouxe o ato para a V Semana do Bebê do Recife, em alusão ao Dia Internacional das Crianças Desaparecidas e Prevenção ao Abuso, Exploração Sexual e Tráfico de Crianças e Adolescentes.
Uma das ações realizadas foi o empulseiramento das crianças, mostrando a importância da identificação do público infantil em pontos de grande circulação. “É uma prática simples que ajuda a identificar meninas e meninos perdidos. Os responsáveis já podem sair de casa com uma pulseira ou um papel com o nome, endereço e um número para contato, para que, em caso de se perder, a criança possa ser identificada mais rapidamente. Muitos não sabem dizer o endereço ou número de telefone”, reforçou a secretária Ana Rita Suassuna, acrescentando que os menores devem estar em permanente supervisão, especialmente em grandes eventos. O serviço de empulseiramento é realizado pela Prefeitura no Carnaval, São João e na praia, entre outros locais e eventos.
Equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) exibiu, em ônibus de serviço, vídeos educativos para as crianças e adolescentes, com situações de risco ao abuso e exploração infantil. “Agora já sei o que fazer e o número para ligar se acontecer algo parecido. Vou ligar para o 100 ou 190 e também posso avisar a um parente ou para professora”, disse a aluna do 5 º, Dayziane Maria, 13 anos, que ficou atenta à explicação.
O delegado da Delegacia de Proteção da Criança e Adolescente (DPCA), Darlsson Macedo, informou que no Recife, Olinda e Jaboatão – maiores cidades da Região Metropolitana do Recife – são registrados cerca de 50 Boletins de Ocorrência (BO) de desaparecimento de crianças e adolescentes. Neste ano, foram feitos 280 BOs e desse total, o retorno é de 95%. “Não é necessário esperar 48 horas como muitos acreditam. O boletim deve ser imediato, porque, quanto mais rápido, mais fácil encontrar o desaparecido”, alertou Darlsson Macedo. Ele informou que levantamento de informações que possam ajudar a encontrar a criança ou o adolescente, é feito junto à família para melhorar as condições de busca.